Análise – Dying Light 2: Stay Human

Lançamento
03/02/2022
Desenvolvido por
Techland
Publicado por
Techland

O primeiro Dying Light fez bastante sucesso quando foi lançado lá em 2015. O jogo ganhou inúmeros elogios por mostrar paisagens urbanas, uma jogabilidade bastante fluída de parkour além de poder fazer tudo isso em co-op com seus amigos. Dying Light ainda continuou recebendo bastante conteúdo através de suas atualizações, tudo isso para manter os jogadores ativos no jogo. E agora sete anos depois do lançamento do primeiro jogo, finalmente temos a tão aguardada sequência , depois de um ciclo de desenvolvimento notoriamente longo e bastante turbulento.

Os eventos de Dying Light 2 ocorre muitos anos depois do primeiro e coloca você no controle de um novo personagem, explorando novas regiões. Como se não bastasse os zumbis, um misterioso vírus tomou conta da região e causando um senso de desconfiança entre os sobrevivente. Tais sobreviventes que restaram fizeram uma nova sociedade com novas regras, vivendo em uma nova era das trevas, em última análise, onde praticamente todos estão infectados, e tudo o que podem fazer é gerenciar a progressão da doença com drogas improvisadas e lâmpadas UV.

O jogo foi lançado em um período bastante movimentado, com outros grandes jogos, mas a confiança em seu jogo fez a Techland se manter firme na data. Será que Dying Light 2 consegue se sobressair? É o que veremos.

Ambientação e desempenho

Dying Light 2 possui uma ambientação que gira em torno de ciclos como o dia e noite, no qual o jogo mantém uma mecânica de gameplay diferente dependendo da hora em que se passa. O jogo mantém seu capricho quando se trata de características de iluminação. Nascer do sol e névoas matinais nos entregam visuais deslumbrantes, como pano de fundo um mundo totalmente caótico e em ruinas.

O mundo de Dying Light 2 é extremamente sombrio e não passa confiança em nenhum momento, e ao sair por aí em exploração iremos nos deparar com NPCs brigando entre si em uma rua, enquanto outros enterram os mortos em outra. Zumbis infectados vagam em números impossíveis, e ganham força, velocidade e inteligência durante a noite, devido à fotosensibilidade do misterioso vírus que dizimou a civilização.

É realmente impressionante quantos infectados podem ser vistos na tela de uma só vez, sem uma queda de desempenho perceptível. Claro que isso não é a mesma coisa que acontece em Dead Rising, onde o número de infectados é insano, mas lançar uma granada em uma multidão cheia de zumbis cria uma chuva de corpos e pedaços mantendo o ritmo de fps. Uma coisa legal de se ver, é matar seus inimigos e ver que jorram sangue depois de serem atingidos por armas de lâminas, e assim perderem membros ou a cabeça com um simples golpe preciso. A direção da arte eleva a sensação impactante do combate e do mundo em geral, mas também o incrível sistema dinâmico de música.

Gameplay

Dying Light 2 tem seu trunfo a gameplay, onde gira em torno do ciclo dia/noite, que combina perfeitamente o núcleo da história com cenários de alto risco e muitas vezes estressantes que adicionam profundidade à fórmula do mundo aberto.

Nos primeiros minutos do jogo, lidamos com uma situação um pouco complicada e acaba que somos pegos de surpresa em uma luta extremamente forte para lidarmos e assim você é infectado pelo misterioso virus, deixando o personagem Aiden com uma mutação particular, onde ele não pode ficar por muito tempo fora da luz. A doença progride no escuro até que essencialmente te transforma em um zumbi especial. Durante o dia, você está essencialmente bem, mas para obter alguns dos melhores saques do jogo, e progredir suas estatísticas, e mesmo às vezes na história, você é forçado a lidar com a exploração noturna em intervalos regulares. Sendo assim, lide bem com seu precioso tempo ao sair a noite, pois se demorar demais, você morre.

À noite, a jogabilidade de mundo aberto dá um salto de dificuldade, assim como o primeiro jogo. Zumbis se tornam mais rápidos, visivelmente inteligentes e alguns são mais altos, criando grupos que te obrigam a fugir em vez de lutar contra todos eles. Conhecidos como “voláteis” e outras mutações, só aparecem à noite também, e exigem táticas e armas mais poderosas para lidar com eles, pois senão a derrota será certa. O ambiente também possui alguns auxílios para lhe ajudar na fuga.

Enquanto foge, a música do jogo muda e lhe entrega sensação de tensão, dando mais adrenalina para aquela situação de perigo, e existe até mesmo um medidor de ameaça estilo GTA para que você possa ter noção de quão ferrado você está. Por outro lado, essa exploração noturna lhe rende mais pontos de xp e itens melhores, o que cria um ciclo e um certo interesse em arriscar e conseguir algo melhor para seu personagem. Essa sensação de alto risco se estende a várias atividades adicionais no jogo.

O jogo possui uma alta variedade de armas disponíveis. Temos espadas, porretes, tacos, pás, pé de cabra, martelos, canos e por aí vai. A lista é enorme se contar com a variação de uma mesma arma. É possível também adquirir armas com dano elemental, como por exemplo um espada com dano de fogo, ou até mesmo um martelo com dano elétrico. Muitas das armas já foram vistas no primeiro jogo, ao lado de muitos ataques familiares. A diversão toma conta do combate e você se ver correndo por aí enfrentando inimigos e zumbis, ao mesmo tempo que procurar fazer uma morte estilosa, como correr e pular com os dois pés no peito do zumbi lá do alto do telhado, jogando-o lá de cima em queda livre.

Sair cortando os inimigos ou esmagar seus crânios com uma martelada, nunca envelhece, e você sentirá seu poder crescer gradualmente à medida que você evoluir seu personagem, equipamento e árvore de habilidades ao longo do jogo. Mas não se ache um Deus em Dying Light 2, pois a adição de novos tipos de zumbis, faz com que você troque sua postura e estratégia em diversas situações.

Jogar sozinho ou em co-op?

Uma questão um pouco complicada, já que a graça do jogo é sair explorando o mundo com algum amigo. Eu conclui a campanha do jogo praticamente sozinho, jogando e fazendo as minhas escolhas se preocupando apenas comigo. No geral, a experiência foi satisfatória, mas sempre ficava aquela vontade de estar fazendo as doideras em um co-op com alguém, e então resolvi experimentar o modo online buscando um jogador aleatório e ajuda-lo em sua missão. Percebi que o jogo funciona de forma quebrada, pois até o momento em que experimentei, inúmeros bugs aconteciam quando ativava o modo online. Golpes falhavam ou não acertavam de forma correto, bugs visuais constantes, inimigos atravessados em objetos, itens que não podem ser pegados nos chão e por aí vai. A qualidade do servidor também não é nada favorável e interfere diretamente na qualidade da partida, fazendo com que mais problemas ocorram.

Ao ir para o online, os jogadores também podem votar em decisões de história, e os inimigos ganham saúde adicional para compensar a o dano extra que irão levar dos jogadores.

Vale a pena?

Pra falar a verdade, eu não achei Dying Light 2 ruim. O combate é divertido e entrega muito bem sua proposta focada no combate a curta distancia, com mecânica gore impressionante e sistemas corpo a corpo impactantes. A jogabilidade relacionada ao parkour foi muito bem projetada sendo o grande trunfo do jogo, com uma cidade que parece estar conectada com você e lhe favorece lugares cada vez mais elaborados para subir. Dying Light 2 também impressiona com sua mecânica de exploração noturna e diurna, o que altera drasticamente o jogo com a aparição de inimigos diferentes com base na hora do dia. Apostas mais altas à noite podem criar situações verdadeiramente angustiantes, e recompensar bem o jogador por seus esforços. Mas ao mesmo tempo pode ser frustrante quando você morre e perde todos os pontos que foram acumulados.

Comecei o jogo bastante empolgado, e isso se manteve para mim durante toda a campanha da história. Ele possui alguns momentos onde o ritmo cai, mas isso não estraga a experiência final. As escolhas que lhe são concedidas, faz com que você sempre pense se é o certo, e se isso irá gerar consequências pesadas no futuro.

Dying Light 2 é pra mim um dos melhores jogos de zumbis, assim como seu antecessor. Para quem gostou do primeiro, pode ir sem medo e encarar o segundo de braços abertos. Já para aqueles que não curtiram o primeiro jogo, talvez possa mudar de opinião agora em sua sequencia, mas isso é um talvez, pois a semelhança entres eles ainda é grande.

Esta análise só foi possível graças a Techland e Theogames, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One, Xbox Series X|S, PC e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – Dying Light 2: Stay Human
Conclusão
Dying Light 2 é competente no que promete e segue a fórmula de sucesso do primeiro jogo. O jogo foi lançado bom bugs, porém as últimas correções deixaram o jogo melhor e mais estável. Se você gostou do primeiro jogo com certeza vai curtir Dying Light 2.
Jogabilidade
9
Gráficos
8.5
Som
8
Diversão
9
Prós
Combate ficou mais difícil e tático
Parkour continua sendo a melhor forma de fugir
Jogabilidade melhorou bastante, principalmente após as correções
O gore está mais insano do que nunca
Contras
O servidor online para co-op continua instável
8.6
BOM

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