Aqui estou mais um dia…
Olha, vou te confessar uma coisa, quem inventou esse negócio de “melhor idade” só poderia estar maluco. Além de conviver com dores terríveis nas juntas e hemorroidas horrorosas, tenho que engolir todo o remorso e ingratidão dos malditos dos meu filhos, que me largaram um tempo atrás em uma xexelenta casa de repouso, onde nossa única diversão é roubar no dominó e ficar paquerando as funcionárias.
Mas isso teve um fim, em um belo e desgraçado dia, sai do meu quarto, alimentei meu aquário de piranhas (sinto como se tivesse perdido algum membro do corpo neste momento, será que estou com anemia?), coloquei minha dentadura mais reluzente e no meio de uma festa de aniversário idiota soltei peidos terríveis, insultei os funcionários e humilhei meus colegas até ser expulso desse lugar nojento.
A vida na cidade grande
Agora que estou livre, posso finalmente gozar de ar puro e ouvir o cantos dos passarinhos e fazer tudo o que seu sempre quis fazer. Mas a vida aqui fora é hostil; carros velozes, psicopatas a cada esquina, centenas de gatilhos e tentações em cada quadra, mas também tem alegria, posso basicamente fazer tudo nesse cidade. Arrumei confusão com pedestres, roubei comida, explodi coisas e dirigi veículos, enfim, a vida agora é um turbilhão de oportunidades.
Há, esqueci de avisar, a cidade também é cheia de armas, porretes, serrotes, tacos, armas de fogo (tem uma arma de banana que é um charme) e muitas outras coisas legais para explorar. Único problema é a minha incontinência urinária, que graças a falta de banheiro dessa cidade eu sou obrigado a mijar nos lugares mais inusitados, e isso por um lado é bom, pois posso usar minha urina para afastar jovens indesejados e também zoar a escória dessa porcaria de cidade.
Mas como todo velho, minha memória também não é grande coisa, para isso, felizmente tenho uma listinha esperta de atividades, onde o qual eu vou riscando conforme vou cumprindo essas atividades, e elas são bem variadas. Devo mijar em postes de eletricidade, socar a porrada em malditos arrancando meus próprios membros, ficar inchado que nem um balão de gás, ficar peladão, revirar latas de lixo, enfim, posso fazer tudo nessa caralha de cidade e ninguém vai me impedir, e isso é a melhor coisa de ser EU.
Velhote flexível
Poucos de vocês sabem, mas eu sempre tive histórico de atleta, na juventude eu praticava dança de salão, e isso me deu muita flexibilidade na vida adulta. E com a velhice, o que mais eu aprendi foi a esticar meu corpo das mais diversas maneiras (consigo fazer coisas que você nem imagina). Isso significa que consigo me esticar e contorcer das maneiras mais sádicas possíveis, inclusive posso até chupar meu próprio cotovelo, minha nuca, e em vários momentos eu pareço mesmo é uma cabra maluca, igual daquele jogo esquisito que meu netos jogavam, acho que chamava Goat Simulator. Além dessas qualidades, tenho no meu repertório algumas dancinhas, uma arma importante pra irritar praticamente todo o planeta.
A vida de delícias e aventuras, só que não…
Como tinha dito, ser velho é um caso, mas a liberdade de sair por aí aprontando todas é muito bom. Infelizmente as coisas nem sempre acontecem como o esperado, e uma série de bugs e problemas podem fazer a brincadeira aqui acabar rápido.
Então, meu conselho, curta essa aventura sem se importar tanto com a lógica das coisas, viva o momento, do contrário a única coisa que tu vai conseguir aqui é ser um velho rabugento e insuportável.
Esta análise só foi possível graças a Curve Digital, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.
