Gungrave G.O.R.E é um jogo de ação e tiro em terceira pessoa, e teve seu desenvolvimento feito pelo estúdio Iggymob Co. Ltd e distribuído pela Prime Matter. Pouco conhecido no meio, o jogo garante uma boa dose de violência e muita troca de tiro. Seu sucesso na época foi grande que garantiu um anime de mesmo nome, e que o retorno da franquia pode ou não ter sido boa. Confira em nossa análise.
22 anos após o lançamento de seu primeiro jogo lá no PS2, a franquia Gungrave retorna com seu mais novo título, e dessa vez aproveitando as tecnologias dos consoles modernos. Gungrave G.O.R.E é uma baita experiência nostálgica para aqueles que puderam experimentar os primeiros títulos naquela época, e que sua nova versão chega com todas as melhorias visuais proporcionadas pelos hardwares atuais, mas que infelizmente fica presa a uma jogabilidade muito datada e que não envelheceu bem.
História e jogabilidade
A trama é bem rasa, mas gira em torno de Brandon Heat cujo codinome é Grave, em uma trilha de matança contra tudo e todos que insistem em produzir uma droga chamada Seed, que faz com que seus usuários se transformem em monstros medonhos. Apesar dos esforços de Grave no passado, a droga voltou a ser produzida por um novo cartel de drogas que tem seu comando na mão de quatro clãs, onde cada um possui seu próprio líder.
Tudo que você precisa saber sobre a história, é contada em pequenos trechos de cutscene à medida que vai avançando pelo jogo. Mas já adianto que apesar de possuir um visual bacana, a coisa boa do jogo é praticamente só isso. Mesmo que você já conheça a franquia e tenha assistido o anime, o enredo do jogo é algo que os produtores não parecem ter feito ao menos um esforço para deixar interessante. No fim eu não culpo os culpo, pois um jogo desse tipo, o que menos importa pra galera é a história.
O grande problema de Gungrave G.O.R.E, é sua jogabilidade. Duas décadas se passaram e parece que os caras ficaram preso no tempo, e insistem em trazer à tona uma mecânica que não faz muito sentido nos dias de hoje. Você precisa ser muito fã nostálgico para querer engolir algo tão datado assim. Um título que poderia aproveitar tudo que os hardwares de hoje podem oferecer, ao menos uma gameplay menos travada com mais variedades de combate poderia ter sido colocada no jogo.
Em toda a minha jogatina meu sentimento foi apenas de raiva e ódio com tantos problemas que poderiam ter sido evitados se as mecânicas tivessem sido melhor desenvolvidas. Teve uma fase que se passa em cima de um trem, e sendo um lugar bastante apertado para o jogador se movimentar, eu não tive muitas oportunidades de conclusão da missão justamente pelo fato de o jogo entupir uns 30 inimigos no ambiente. Qualquer desvio errado dos tiros e golpes dos inimigos, você caía nos trilhos e morria, sendo necessário começar tudo de novo.
Grave não consegue correr, sua esquiva é tão ruim que torna quase inútil em muitos momentos de combate, principalmente aqueles com quantidade absurda de inimigos. A dificuldade é bem equilibrada, começando de uma forma bem tranquila e aparentemente fácil, mas que aos poucos vai se tornando bem elevada para o jogador.
Basicamente o jogo é só ficar apertando RT sem parar e sair atirando em tudo que ver pela frente, inclusive objetos do cenário para você manter seu combo. Aos poucos vamos ganhando pontos que nos permite comprar novas habilidades e fazendo com que tenhamos novos meios de combater os inimigos em vez de ficar só atirando freneticamente, como alguns combos corpo a corpo.
Temos as armas para atirar que são duas pistolas que possuem uma candência de tiro menor caso atire andando. Mas se os tiros forem disparados enquantos estivermos parados, a candência eleva consideravelmente. Além disso temos também alguns poderes especiais quando juntamos carga suficiente para utilizá-los. É aí que entra o tal caixão que ele carrega o tempo todo, é de onde sai misseis poderosos e também pode ser utilizada no combate corpo a corpo.
Certos inimigos ficam em situação de finalização depois de receber uma boa quantidade de dano, permitindo que o jogador o execute. Mas as execuções são bem limitadas e nada diversificada. Graficamente falando o jogo não deixa a desejar, e consegue entregar um visual bom em muitas das vezes. Sua trilha sonora até chega a agradar no começo, mas com o tempo começa a ficar desinteressante.
Praticamente tudo que iremos ver durante a jogatina, é muito parecida com o que foi feito nos primeiros jogos, a mira é automática, os golpes são auxiliados pelo próprio jogo e você só precisa andar com o personagem e desviar caso seja necessário ou consiga.
Do meu ponto de vista esse é um tipo de combate que já não funciona mais, pois se na época tivemos as limitações que os consoles ofereciam, tudo isso foi portado para a versão recente do game sem nenhuma melhoria, tornando a experiência extremamente simples, bastante repetitiva, e rapidamente se torna cansativa para o jogador.
Legal, mas dispensável
Gungrave G.O.R.E é um jogo curto, mas legal em alguns breves momentos. Sua mecânica poderia ter sido melhor aproveitada e atualizada, mas somos obrigados a jogar algo igual como era 20 anos atrás. Se os produtores realmente juntaram e conversaram entre si, acreditando de pé junto que isso daria certo, creio que eles são bem inocentes ou não conhecem a comunidade gamer. A sorte de muitos jogadores do Xbox, é que o título poderá ser jogado pelo Xbox Game Pass.
No final, a experiência que eu tive em Gungrave G.O.R.E foi de um jogo que trouxe inúmeras mecânicas claramente datadas combinadas com uma aparência mais moderna, visualmente falando. Minha recomendação é apenas para o fã do título e que não se importe em jogar algo idêntico ao que ele jogou 20 anos atrás.
Esta análise só foi possível graças a Prime Matter e a Iggymob, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise