Análise – Frostpunk: On The Edge

Lançado em 24 de abril de 2018, pela 11 bit studio, Frostpunk é um jogo de construção de cidade e simulação de sociedade que surpreendeu os aficionados pelo gênero.

Release Date
20/08/2020
Desenvolvidor por
11 bit studios
Publicado por
11 bit studios

FROSTPUNK: O Jogo

Antes de começar a análise eu gostaria MUITO de agradecer ao meu amigo Rogério Miranda (oProfeta) pela cooperação na realização desta análise. Assim como eu, ele é um grande admirador de FROSTPUNK, e sua ajuda foi essencial para a conclusão do texto, valeu Mira!

O cenário do jogo se passa nos idos de 1800 (no auge dos tempos vitorianos e no poder do Império Britânico no século XIX) depois de um apocalipse gelado que transformou o mundo num deserto abaixo de zero. Depois da fuga de Londres a única esperança do grupo liderado por você é a uma cratera com um enorme gerador a carvão no centro. Sua missão é construir uma cidade em torno do aquecimento fornecido pela fornalha do gerador; tendas para seus trabalhadores, pavilhão de caça, refeitório, tendas médicas, dentre outras estruturas que vão se tornando disponíveis conforme sua sociedade consegue ir avançando diante de suas pesquisas cientificas.

A desorientação inicial pode ser frustrante, mas a persistência é recompensadora.

Como administrador dessa nova comunidade, você terá que controlar seus trabalhadores na exploração de recursos em um ambiente gelado e suscetível a suas variações de temperatura.

Além de oferecer os desafios de administração de recursos, sejam eles materiais e humanos, comuns nesse estilo de jogo, o que diferencia FROSTPUNK são as decisões morais que você terá que tomar como líder: Seus trabalhadores serão livres ou escravos? As crianças serão poupadas do trabalho que os adultos fazem ou serão tratadas como um adulto qualquer?

Cada tomada de decisão é expressa em Lei e tem impacto na Esperança e Descontentamento de seus cidadãos. Se a Esperança sumir de sua comunidade e ou Descontentamento for dominante, provavelmente você será destituído do poder e banido da cidade.

O jogo é bem desafiador. Lidar com a exploração, extração e depósito de recursos é só o começo. Saber controlar a massa de cidadãos e seu humor é essencial. Mas saber observar a previsão do tempo para os próximos dias e planejar as ações necessárias é o que te fará ser amado ou odiado pelos seus liderados.

A fornalha sempre acessa é uma das formas de manter o povo aquecido e dentro do controle.

Um dos maiores destaques em FROSTPUNK, fazendo dele único, é o seu aspecto visual. Não tire conclusões precipitadas pelas imagens estáticas, pois o show de FROSTPUNK começa quando as animações e os impecáveis efeitos visuais começam a explodir na sua tela. Os cenários tem grande parte da sua arte inspirada no universo cyberpunk. A câmera proporciona uma perspectiva vertical dificilmente explorada por outros títulos, nos permitindo explorar o mapa em seus mínimos detalhes.

Outro ponto que chama muito a atenção é a trilha sonora, com um bom headset você será sugado para dentro da atmosfera gélida e melancólica de FROSTPUNK. Todas as faixas foram compostas por Piotr Musial e executadas pelo Atom String Quartet e pela Sofia Session Orchestra. Piotr Musial é um renomado compositor polonês que já assinou diversas trilhas sonoras de jogos como, This War of Mine, Bulletstorm, Beat Cop, a franquia Anomaly e a principal de todas The Witcher 3: Blood and Wine.

FROSPUNK: ON THE EDGE

ON THE EDGE é a última DLC do Frostpunk lançada em Agosto de 2020. Nessa parte da estória, você continua como líder de algumas dezenas de trabalhadores logo a após a Grande Tempestade (desafio final do jogo principal). A grande diferença agora é que você administra um posto avançado, uma espécie de colônia, da Nova Londres, num pequeno espaço de ‘neve’ numa montanha no limite de um desfiladeiro e as portas de uma mina de metal militar esquecida a tempos.

Por ser uma colônia, você tem o poder de promulgar leis, você precisa ter contanto com a capital Nova Londres e expressar suas necessidades, sejam elas de materiais e até a promulgação de leis necessárias. O terreno do seu Posto Avançado é pequeno, o que limita muito a obtenção e recursos. Outra coisa nessa estória é que o assentamento não possui um gerador. Portando o aquecimento fica mais difícil de obter.

Tudo tem um limite! inclusive a paciência e a compreensão da população.

Durante um tempo você troca recursos com capital. Mas com o passar do tempo, fica evidente o caráter exploratório da capital, e logo seus cidadãos começam a pressão de independência da Capital.

A forma de equalizar a falta de recurso local é achar outros Postos Avançados como o seu e estabelecer uma parceria de troca de favores e recursos.

ON THE EDGE (No limite) não é apenas mais um cenário deste maravilhoso simulador. Ele traz uma forma diferente de jogabilidade, explorando mais a parte política no relacionamento com outras comunidades. No entanto, ela mantém os elementos que fazem desse jogo gelado uma obra de arte.

Vale a pena enfrentar o Apocalipse gelado do Frostpunk: On The Edge.

Esta análise só foi possível graças a 11 bit Studio que gentilmente nos disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento e confiança.

Análise – Frostpunk: On The Edge
Conclusão
On The Edge é uma despedida triste, mas não no sentido de qualidade, longe disso. Triste, porque muito provavelmente não veremos mais conteúdos para o jogo. On The Edge não oferece nada revolucionário, apenas complementa a obra, que culmina de maneira majestosa uma história que nos faz questionar muitos pontos da sobrevivência humana. Nunca podemos dizer nunca, mas dificilmente iremos ver um RTS com tamanha imersão e tomada de decisões políticas. Coloque nesta mistura uma atmosfera fantástica e implacável para entender porque considero FROSTPUNK o melhor RTS de todos os tempos.
Gráficos
9
Som
10
Gameplay
9
Diversão
10
Prós
Ótima trilha sonora
Atmosfera fantástica e imersiva
Tomada de decisões que afetam PRA VALER o rumo da história
Contras
Dificuldade elevada
Pode frustar logo no início pela dificuldade
9.5
VICIANTE
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[…] ainda mais congelantes para este jogasso. Caso não conheça Frostpunk eu recomendo que você leia a nossa análise e contemple este belíssimo jogo que aliás está disponível no Xbox Game […]