Análise – Destroy All Humans!

Não é de hoje que o gênero de ficção científica desperta a curiosidade do ser humano, será que existe vida fora da Terra? Estamos realmente sozinhos no universo?

Desenvolvido por
Black Forrest Games
Publicado por
THQ Nordic
Disponível
Pois bem, esta curiosidade já rendeu diversas boas histórias contadas por meio de livros, HQs, filmes e em especial os jogos. A forma dos seres extraterrestres bem como sua personalidade e tecnologias foram retratadas de muitas maneiras, desde a sutileza em ET O Extraterrestre, até o limiar agressivo de A Guerra dos Mundos de H.G. Wells. O fato é, não há como ignorar a enorme capacidade do ser humano em contar histórias de ficção científica.

Olá meu nome é Cryptosporidium-137, ou simplemente CRYPTO!

Em 2005, foi a vez da Pandemic  revelar a sua visão sobre os homenzinhos verdes (Crypto diz que não é verde) por meio de um jogo que viria a transformar-se em um CULT, estamos falando de Destroy All Humans!.

Após 15 anos do lançamento do jogo original, a aventura ganhou uma versão remake pelas mãos da Black Forest Games, totalmente modernizada e com gráficos impressionantes. Novamente estaremos no controle de Crypto, o clone mais recente de guerreiros do império intergaláctico dos Furons.

Assim como o jogo de 2005, a aventura pode parecer ridiculamente simples no começo, porém conforme ela avança seremos forçados a utilizar toda as habilidades de Crypto e suas tecnologias afim de aniquilar o exército do Tio Sam e uma estranha facção governamental chamada Majestic.

Integro e melhorado

A campanha se desenvolve por todo território americano. O estilo sandbox, por sua vez, dita o ritmo e a forma como você pode realizar as missões, que vão desde a submissão dos humanos até a destruição total das localidades. Em linhas gerais podemos dizer que a campanha não é linear, você sempre poderá encontrar uma outra forma de concluir a missão.

O arsenal de Crypto é de fazer inveja a qualquer fã de ficção científica. Nosso querido alienígena está muito bem armado para enfrentar as forças da Terra e são diversas armas e ferramentas futurísticas, como o Jetpack, a Zap-O-Matic, o Ion Detonator e o engraçadíssimo Anal Probe. Vale lembrar que nem sempre a abordagem violenta é o melhor caminho, se Orthopox-13 quiser realmente conquistar a Terra será preciso instruir Crypto a abordar algumas missões com mais cautela e inteligência afim de não ser notado.

Zap-O-Matic é a melhor arma para “fritar” os humanos

Além do arsenal Crypto também conta com diversas habilidades, com o PsychoKinesis é possível manipular os objetos do cenário a seu favor, a Telepatia ajuda a ler o pensamento das criaturas da Terra bem como colocá-las sob o seu controle, porém a mais especial de todas é sem sombra de dúvidas o HoloBob, com ele é possível clonar a aparência de qualquer ser humano que encontremos no caminho.

A combinação das habilidades de Crypto e a inteligência para abordagem em algumas missões pode ser o ponto chave para o sucesso da missão. A mesma cautela e inteligência deverá ser utilizada em alguns momentos da campanha onde teremos que voar pelos céus à medida que atacamos as forças inimigas.

Como dissemos acima, Crypto não está a pé em sua conquista, a espaçonave pode ser utilizada para viajar entre as áreas de interesse das missões. Porém ela não é apenas um meio de transporte, longe disso, é praticamente um tanque de guerra voador, com muitas armas e recursos que serão utilizados no decorrer das missões. As principais armas são o Death Ray, Abducto Beam e o super destrutivo Quantum Destructor, um canhão com munição nuclear.

A PsychoKinesis pode manipular diversos objetos

Dentro da espaçonave Crypto pode realizar melhorias de suas armas e habilidades, bem como as da espaçonave, porém para isso é necessário localizar e recolher os DNA que estão distribuídos nos mapas das missões, a exploração do cenário é essencial para o sucesso das atualizações. Por exemplo, é possível realizar uma atualização no Zap-O-Matic (arma) que adiciona uma reação em cadeia facilitando o combate contra um grupos grande de humanos, ou ainda multiplicar o tempo de duração do Death Ray, essencial para o combate contra tropas terrestres, também podemos habilitar a habilidade S.K.A.T.E., que permite Crypto deslizar em alta velocidade.

Campanha e modos de jogo

Durante as missões, Crypto vai enfrentar hordas de inimigos que querem aniquilar o nosso querido homenzinho verde (que não é verde) a qualquer custo. Estes inimigos, que em sua maioria são seres humanos, vão desde agricultores na zona rural de Turnipseed Farm até mesmo Militares da Area 42, todos separados por categorias e letalidade em combate.

Como dito anteriormente, existem outros tipos de inimigos além dos seres humanos,  eles são únicos e sua aparição se torna cada vez mais presente a medida que o jogador avança na campanha. Dentre eles temos mutantes humanos, que foram alterados devido a injeção de DNA alienígena e até mesmo Chefes que aparecem em momentos críticos da aventura.

A espaçonave não é apenas um meio de transporte, é um tanque de guerra flutuante.

Os chefes são únicos e precisam de uma abordagem diferente dos inimigos tradicionais, tornando o combate mais desafiador. Porém fica registrado o primeiro ponto negativo do jogo, independente do nível do inimigo, notoriamente Crypto é muito forte, praticamente um Superman, mesmo no nível de dificuldade máximo é difícil encontrar alguém que bata de frente e seja uma ameaça REAL, tornando o combate um pouco limitado.

Sabendo (ou não) desta deficiência o pessoal da Black Forest Games investiu pesado no fator replay do jogo, fazendo com que as localizações estejam disponíveis para serem revisitadas e exploradas após o cumprimento das missões principais da campanha. Durante a re-exploração é possível brincar com alguns itens do cenário afim de causar grandes danos e multiplicar a pontuação, alternar entre missões secundárias como corridas, missões de abdução, coleta de colecionáveis, aniquilação de cidades etc, e tudo isso contribui para que você receba recompensas de DNA cada vez maiores para atualizar seus equipamentos e habilidades.

Mesmo sem a sua espaçonave Crypto é letal quando está armado

Ou seja, a campanha é apenas o início da aventura de Crypto, o pós-game ao melhor estilo Sandbox oferecer diversos conteúdos a serem explorados. E se você é um caçador de recompensas prepare-se, pois Destroy All Humans! tem uma lista generosa de desafios extras para serem completados. Os desafios vão desde mutações de Crypto com DNA humano até o desbloqueio de concept arts. A grande verdade é que Destroy All Humans! oferece ao jogador muitos estímulos para continuar jogando e explorar os cenários.

Porém o que eu acredito que todos gostariam de saber é… Será que o remake está à altura do jogo original?

Eu diria que SIM, Destroy All Humans! cumpre muito bem o papel que um remake se propõe a fazer… ele preserva em grande parte a integridade do jogo original e vai além, acrescentado novos elementos e melhorando a jogabilidade. A manutenção das características originais do jogo são outro ponto positivo pois consegue manter a base de fãs e atrair novos jogadores, graças, principalmente, a qualidade visual aprimorada.

Crypto e Orthopox-13 são os responsáveis pela invasão da Terra

É bem verdade que o jogo possui alguns problemas, como a baixa dificuldade em momentos do combate, alguns diálogos podem soar como um humor datado e algumas missões podem se tornar repetitivas, porém estas falhas, em parte, são compreensíveis já que está claro que Destroy All Humans! não tem a intenção de inovar, mas sim apenas revitalizar o jogo original, e neste ponto, o pessoal da Black Forest Games foi muito competente e manteve com louvor o legado iniciado pela Pandemic em 2005.

Esta análise só foi possível graças a ajuda da THQ Nordic GmbH que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia de avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento e confiança.

Destroy All Humans! foi lançado dia 28 de julho e está disponível para Xbox One, Playstation 4 e PC (Steam/Epic).

Análise – Destroy All Humans!
Diversão garantida com Crypto-137
Destroy All Humans! é um dos melhores remakes dos últimos tempos. O pessoal da Black Forest Games conseguiu modernizar muitos aspetos do jogo original e entregar aos fãs uma campanha, se não igual, muito fiel à aventura de 2005. Seja pelo arsenal, habilidades ou apenas pelas paródias dos anos 60s, há muito o que explorar. A dúvida que permanece é se todo este trabalho foi apenas para o remake ou se serviu de base para um recomeço da série. Mas por hora, foi divertido demais redescobrir as aventuras de Crypto, o homenzinho verde (que não é verde).
Gráficos
8
Som
7
Jogabilidade
8
Diversão
9
Prós
Legendas em português brasileiro
Fator replay com variações no complemento das missões
Fiel ao clássico de 2005
Contras
Dificuldade inexistente em alguns combates
Algumas missões são repetitivas
8
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2 Comentários
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Luiz El Cumbachero

Muito boa análise! Eu gostei muito do primeiro, vou ficar de olho nesse!

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