Análise – Carto

Lançamento
27 de outubro de 2020
Desenvolvido por
Sunhead Games
Publicado por
Humble Games

Há alguns meses eu procurava jogos que fossem curtos de se concluir porque eu queria fechar vários na esperança de conseguir 10000g no mês, em virtude de uma promoção do Microft Rewards. Baixei vários jogos legais do Xbox Game Pass, e entre eles houve um que me chamou a atenção mas ficou parado me esperando até recentemente. 

Esse jogo era Carto, título desenvolvido pela Sunhead Games e publicado pela Humble Games, que tem como grande diferencial a capacidade de conquistar pela sua simplicidade, bem como conseguir ser um título relaxante ao mesmo tempo que é desafiador.

Simples mas desafiador

Carto é um game de exploração e Puzzle onde você deve ajudar uma garotinha, homônima ao título, a se reencontrar com sua avó. Tal feito se consegue ao explorar as 10 fases que o jogo apresenta, ao mesmo tempo que recupera partes dos mapas que se perderam ao se separar da intrépida senhora.

O mapa de Carto é o centro dos Puzzles e suas diversas partes influenciam no mundo dependendo de como o jogador as encaixam

A mecânica do jogo é simples, porém desafiante. A nossa protagonista começa a explorar cada fase limitada às partes do mapa que possui, e deve achar as partes restantes para conseguir avançar em sua jornada. Entretanto, os fragmentos de mapa que a mocinha possui podem se encaixar uns com os outros de diversas formas, e isso influencia diretamente nas características do mundo, bem como sua navegabilidade.

Por exemplo: em determinado momento você pode querer atravessar um lago para chegar à ilha no centro, porém não há um meio físico de atravessar o mesmo. Então, é só reorganizar as partes de mapa de forma que a personagem esteja dentro da ilha, ou até mesmo reorganizar o mapa para que haja um caminho para se alcançar tal ilha. 

É claro que há regras, não é só ir mudando o mapa ao bel prazer que tudo se resolve. Cada parte só se encaixa com a outra se a área de contato tiver o mesmo terreno em ambas as peças. Sendo assim, não se pode colocar uma peça que é completamente formada com água ao lado de uma que é formada por florestas ou areia e etc.

Cada componente do mapa tem o formato quadrado e do mesmo tamanho – na maior parte das vezes – mas há exceções, como por exemplo, megablocos em formatos variados. Aliás, quando esses megablocos aparecem são os momentos mais divertidos do jogo, fica a dica.

Desenhado para relaxar

Um dos pontos de destaque de Carto é a escolha de seu design. A escolha de tons pastéis e estilo, que lembra um mundo feito em giz de cera saindo diretamente da cabeça de uma criança, não passa despercebido.

Os gráficos de Carto lembram desenhos feitos por criança e isso não é ruim

Tudo ao alcance dos olhos está ali para lembrar ao jogador que, apesar de ser uma aventura de exploração, não é uma corrida contra o tempo. Dentro da história do game, o mundo não corre perigo, não há um vilão com quem se preocupar, nem tão pouco um desastre ambiental a evitar. Pelo contrário, a querida vovó, com a qual devemos nos encontrar, eventualmente manda cartas que, em resumo, dizem: “Não fique parada, mas não tenha pressa. Simplesmente, aproveite a jornada”, e a grande sacada do design desse jogo é que, sim, ele consegue informar isso tudo ao jogador simplesmente pelo seu design gráfico. 

Complementando essa experiência, a escolha da trilha e dos efeitos sonoros são demasiadamente relaxantes. O combo do design gráfico com a bem elaborada direção de som e o enredo, simples mas bonito, que nos é oferecido, torna Carto  um dos títulos mais relaxantes do último ano.

Como é bom ser cartógrafo…bilíngue

Carto é um jogo simples, bonito e desafiador. O estilo gráfico pode causar a impressão, errônea, de que é um jogo que se encaixa melhor com crianças, contudo está longe disso. Não só os puzzles exigem um raciocínio lógico mais maduro, como algumas nuances das histórias apresentadas tornam o jogo mais bem aproveitado por adultos.

É apresentado, de forma sutil, as vantagens e os problemas do amadurecimento, a dor de partir do conforto familiar para desbravar a própria vida, a saudade dos nossos entes queridos e o orgulho que vem de superarmos desafios por nossa própria conta. Certamente, adolescentes aproveitarão o jogo, mas somente aqueles que sabem o desafio que é sair do ventre familiar vão aproveitar estes detalhes.

Infelizmente, o jogo não está localizado para o português, e as dezenas de dicas que nos são apresentadas são todas escritas, tornando o inglês requisito obrigatório para aproveitar o título, pois ou você lê as dicas ou vai ter que apelar para “detonados” na internet, sem meio-termos.

Se puder, experimente

Carto é um jogo maravilhoso, relaxante, bonito e divertido, ao mesmo tempo que oferece uma proposta desafiadora. Contudo, a ausência de sua localização para o português tupiniquim torna seu alcance limitado.
Além do mais seu estilo não deve agradar pessoas que estão querendo jogos acelerados com grande intrigas, plot twists e enredos elaborados. A simplicidade de Carto foi feita para atender aqueles que, no final de um dia mentalmente cansativo, querem relaxar e desfrutar de um universo calmo, tranquilo e cujos problemas podem ser resolvidos no seu devido tempo. E sejamos honestos, atualmente, quem não está precisando de uns momentos assim?

Esta análise foi feita através da diponibilização do título no Xbox Game Pass, O jogo já está disponível para  Xbox One e Serie X|S atrávez da retrocompatibilidade e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – Carto
Conclusão
Carto é um jogo maravilhoso, relaxante, bonito e divertido, ao mesmo tempo que oferece uma proposta desafiadora. Contudo, a ausência de sua localização para o português tupiniquim torna seu alcance limitado. 
Gráficos
10
Som
9
Jogabilidade
8.5
Diversão
9
Prós
Bonito e relaxante
Puzzles desafiadores mas não frustrantes
Contras
Não tem localização para o português
9
Viciante
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