Análise – A Musical Story

Lançamento
03/03/2022
Desenvolvido por
Glee Cheese Studio / Bromio
Publicado por
Digerati

O gênero musical game é um estilo bem nichado dentro do universo dos video jogos, porém, conta com uma base sólida de fãs. Uma rápida pesquisa em qualquer rede social mostra que jogos como Guitar hero, Rock Band, Just Dance e Pump It Up tem um triplex alugado no coração de vários gamers.

Em comum, esses títulos têm duas coisas: simplicidade de mecânicas – não é dificil de entender o que deve ser feito – e dificuldade baseada em ritmo e cadência de aperto nos botões. Essa simplicidade de gameplay talvez seja a principal diferença para que um novo título se destaque no gênero. Afinal, como é possível se diferenciar em um gênero em que aparentemente já se fez de tudo? O que é preciso para se destacar?

Ainda que essas dificuldades sejam deveras palpáveis quando pensamos nos clássicos do gênero, a Glee-cheese Studio se aventurou pelo gênero e nos entregou A Musical Story. Um gostoso game musical, com uma design setentista, produzido pela Digerati. O quão bom é este jogo você descobre nas próximas linhas.

A musical Story tenta se destacar em um gênero de difícil inovação

Um Gameplay Simples

Normalmente, eu não tenho o hábito de começar uma análise pela descrição do gameplay. Sendo, dentro da minha perspectiva, o principal ponto de um jogo, normalmente é o último ponto em que eu abordo em minhas análises. Em A Musical Story todavia é o ponto de menor importância dentro do jogo. Sendo, em partes, bem mais simples que muitos jogos do gênero.

Por exemplo, é comum em games semelhantes que haja uma variedade de botões para aumentar a dificuldade do gameplay. Em A Musical Story, entretanto, se utiliza apenas dois botões – LB e RB – durante todo o jogo, sendo a maior dificuldade do título ser, em alguns momentos, apertar os dois botões citados simultaneamente.

Além disso, diferentemente dos seus principais concorrentes, não é do gameplay básico do jogo ter uma linha guia de quando apertar esses botões. Sabe aquelas indicações que mostram quando você deve apertar cada botão? Aquelas representações dos botões que devem ser apertados, descendo na tela e dizendo a ordem e o momento certo de usá-los? Pois é, não existe isso aqui. Neste jogo, você precisa identificar o ritmo com os próprios ouvidos e só a ordem dos botões é indicada.

Ness game você precisa identificar com os próprios ouvidos quando apertar cada botão.

Para alguns isso pode ser até simples, mas para aqueles que têm dificuldade em sentir o ritmo até das mais simples valsas (como eu), o jogo se torna frustrante rapidamente.

É importante ressaltar que isso pode ser corrigido pelas configurações do jogo. Aliás, a configuração padrão começa a mostrar uma ajuda de linhas guias à medida que fica claro que você não está avançando no jogo.

As músicas apresentadas são curtas, não durando mais que dois minutos e na maioria dos casos são simples. Porém, a obrigatoriedade de avançar com 100% de acertos pode tornar o jogo quase que frustrante. Vale lembrar que isso é algo que vai variar muito do quão bom são seus sentidos rítmicos.

No nível fácil até aparece uma linha pontinho guia (no canto inferior esquerdo da imagem)

No tempo da Brilhantina

A arte, as músicas, a história em si (sim, há um enredo que vai sendo contado à medida que você avança no jogo), é pra fazer você se sentir nos anos 70. As referências do período no jogo são fortes. Desde a história que faz referência à WoodStock até às músicas fortemente inspiradas em bandas de rock, como The Doors e Pink Floyd. As referências musicais são tão fortes que em determinados momentos eu praticamente esperava o Jim Morrison aparecer cantando “Ryders on the Storm”. Mas não, nesse jogo as músicas são todas próprias e não há nenhum som famoso licenciado.

A história é simples, um pouco dramática e com a música de pano de fundo causa a mesma sensação de assistir Os Embalos de Sábado A Noite: A gente sabe que tem um enredo mais denso ali por trás mas no fim, nós assistimos o filme pela música (e pra ver o John Travolta dançando). Entretanto, a forma como a história é contada serve de estimulante para seguir avançando no jogo que tem duração média de três horas, aliás. Como o solo de de teclado em “Ryders on the Storm” é uma parte até que dispensável, mas que faz falta caso se retire da obra.

Quando a Musica Acabar…

As características apresentadas nesta análise mostram que o jogo é aceitável para quem gosta de música e da temática setentista e o diferencia bastante dos principais títulos musicais, já que faz uso de músicas menos frenéticas que as que geralmente são usadas em games musicais. Entretanto, para aqueles que estão esperando algo mais próximo de um Guitar Hero, a experiência com A Musical Story pode ser frustrante devido a simplicidade e escolhas de música do jogo.

Agora se você quer algo para passar o tempo durante uma tarde chuvosa, sem ter que gastar os neurônios com algo mais complexo, A musical Story talvez seja o jogo perfeito pra ocasião

Esta análise só foi possível graças a Digerati, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise

Conclusão
o titulo é aceitável para quem gosta de música setentista e faz uso de músicas menos frenéticas do que as que geralmente são usadas em games musicais. Entretanto, para aqueles que estão esperando algo mais próximo de um Guitar Hero podem ficar frustrados
Gráficos
7
Som
9
Jogabilidade
8
Diversão
6
Prós
Trilha Sonora
Simplicidade de Gameplay
Contras
Precisa ter certa habilidade musical para não se sentir frustrado com o gameplay padrão
7.5
Bom
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