Hidden Gems da geração Xbox One

Sabe aquele jogo que é muito bom, mas pouca gente conhece ou fala sobre?

Então, este é uma Hidden Gem, ou uma “joia escondida” na tradução literal. Essa geração que está se finando em breve tem algumas hidden gems para serem apreciadas, a equipe do Xbox Mania vai ajudar você a encontra-las.

Se tem uma coisa que o GamePass faz muito bem é dar oportunidade de jogarmos títulos que por ene fatores nunca compraríamos e por consequência não apreciaríamos. Com as facilidades do serviço de assinatura da Microsoft ficou mais fácil encontrar as Hidden Gems, pena que não fiquem para sempre, como é o caso de Yoku’s Island Express.

Mas focando no principal que é este game, imagine um metroidvania com pinball, consegue em algum momento conceber esse conceito em sua mente? Falando parece que não se misturam igual água e óleo, mas Yoku’s Island Express veio mostrar que esta mistura é tão boa quanto goiabada com queijo.

Você começa o jogo com Yoku, um besouro rola-bosta que é o novo carteiro da ilha e precisa entregar as correspondências carregando uma bola.  Não se deixe enganar pelo visual que parece um jogo de plataforma 2D clássico, não existe botão de pulo, toda parte de saltos você faz com os flippers e bumpers, igual nos pinballs, usando os botões de ombro do seu Xbox para controla-los.

Como todo bom metroidvania, você vai ir e voltar pelo cenário em busca de novas habilidades para chegar nos lugares que num primeiro momento pareciam inalcançáveis. Além da missão principal, você vai encontrar várias missões paralelas e colecionáveis escondidos para ocupar bastante o seu tempo.

Algumas missões vão fazer você encarar uma mesa de pinball, mas ao invés de buscar a maior pontuação, você terá objetivos específicos como liberar uma chave, ou acertar vários pontos diferentes, o que sempre aumenta o desafio do jogo.

Resumindo Yoku’s Island Express é uma mistura inusitada e que deu muito certo, trazendo novidades pra um gênero já muito explorado e entregando uma experiência fantástica.

 

Surfando na onda do badalado Overcooked, Moving Out é mais um jogo cooperativo festivo com alma e personalidade.

Neste jogo, você é funcionário de uma empresa de mudanças, e seu dever é se juntar com outros 3 amigos para jogar as tranqueiras de casas peculiares no caminhão e então realizar a mudança.
Apesar da pegada inusitada, o gameplay é bastante divertido, exigindo dos jogadores cooperação e organização para conseguir fazer a mudança no tempo correto.

O jogo se destaca pelo carisma, com vários personagens engraçados e também pela física bem apurada, que vai tirar do jogador boas risadas, principalmente quando você precisa retirar objetos mais pesados do caminho, exigindo que você e mais um amigo arremessem o objeto pela janela.

Assim como todo jogo party, Moving Out é muito melhor jogando com pelo menos em duas pessoas, e infelizmente o jogo não tem cooperativo Online. Então minha indicação vale se tiver mais pessoas em casa para participar, se for o seu caso, a diversão é garantida.

 

Uma das experiências mais profundas, emotivas e sentimentais que tive nos últimos anos: essa é minha definição para esse jogo tão especial. Spiritfarer entra na categoria de “jogos para chorar”, pois trata de um assunto que muitos não conseguem sequer conversar: a perda de um ente querido.

Por mais complexo que isso possa parecer, o jogo consegue lidar com a temática de um jeito simples e descontraído: você é uma “barqueira” que leva espíritos em uma embarcação, concedendo a eles seus últimos pedidos antes da entrada no portal para a vida após a morte. Cercado de personagens muito carismáticos, você realiza tarefas como plantar, cozinhas, minerar e viajar por mares em um mundo repleto de tarefas e colecionáveis.

Não é difícil se apegar a alguns dos viajantes da embarcação: suas histórias são tão humanas que você rapidamente se enxerga neles, ou vê um amigo ou um parente, nas criaturas que compõem seus passageiros: cada um com uma série de desejos a serem realizados antes do adeus definitivo.

Vale ressaltar a arte gráfica belíssima, as animações fluídas, a trilha sonora cativante e as mecânicas que lembram um pouco o estilo metroidvania, na qual as habilidades adquiridas no decorrer da viagem abrem novos caminhos.

Não tenho como recomendar esse jogo o suficiente e minhas palavras não fazem jus à experiência que vivi ao joga-lo. O melhor é que cada um trilhe essa jornada. Fica o aviso: lágrimas podem aparecer… Muitas… Mas a lição da vida vale cada segundo nessa aventura!

 

Como um grande fã de jogos de corrida minha indicação não podia ser diferente, Wreckfest!

Minha “carreira” gamer iniciou-se no PC a muitos anos atrás e não é novidade para ninguém que o PC sempre foi a “casa dos simuladores de corrida”. Lá em meados de 2005 a Bugbear lançou FlatOut, um jogo de corrida que mistura velocidade, destruição e muita adrenalina. Na época eu fiquei apaixonado pelo jogo e virei fã da franquia, porém os outros títulos, com exceção do FlatOut2, foram bem ruins.

Depois de muito tempo no hiato a BugBear mostrou as caras novamente, apresentando um jogo muito parecido com FlatOut, ele entrou em Early Access no Steam e começou a receber diversas atualizações e melhorias. Não pensei duas vezes, comprei o jogo e comecei a me divertir com o sucessor espiritual de FlatOut. Eu lembro que na época meu PC não era lá grande coisa e minhas plataformas principais eram o Xbox One e Playstation 4.

Quando o jogo atingiu sua versão 1.0 no Steam foi possível comprovar que Wreckfest não era apenas um sucessor espiritual de FlatOut, ele era muito melhor. A BugBear se redimiu do fracasso melancólico dos últimos jogos e criou um jogo de destruição que é super divertido, desafiador na medida certa, possui gráficos espetaculares, torneios multiplayer e muito mais. Ano passado (2020) aproveitei a promoção countdown da Xbox Store e mais alguns créditos do programa rewards e finalmente comprei a versão Deluxe de Wreckfest.

Só digo uma coisa para vocês, JOGUEM! vale muito a pena.

 

Assim como na vida real, explorar novos ambientes e experiências sempre me trouxeram um aprendizado a mais. Se compararmos a vida real com a ficção proposta nos videogames, podemos ampliar ainda mais o conceito do por que jogamos, e nos aventuramos em universos ficcionais, assim como na literatura e no cinema.

Por isso a minha recomendação é um jogo chamado Astroneerum game de exploração espacial bem prático de ser entendido, onde você coleta materiais, monta uma base e vai evoluindo e aprendendo sobre os planetas conforme o tempo. Se comparado à jogos de maiores orçamentos como No Man’s SkyAstroneer pode causar uma impressão inicial baixa, mas não se deixe levar pelos gráficos.

Astroneer pode funcionar como um ótimo passatempo, afinal o jogo não possui uma história gigantesca ou uma série de quests que você precisa seguir a fio. Jogue com calma, explore, conheça novos planetas, construa sua base conforme a sua evolução no jogo e o mais importante, sempre que puder, chame um amigo para juntar-se a aventura!

 

Os fãs de horror cósmico sabem como as obras de H.P. Lovecraft não são comumente representadas dentro do gênero de terror ou, muitas vezes, não recebem a devida atenção do público em geral. Por isso, não me impressiona que The Sinking City tenha passado praticamente despercebido.

Ambientado na década de 20, The Sinking City te levará à cidade de Oakmond, onde um mundo aberto cheio de opressão, preconceito e morte o farão questionar seus próprios princípios morais e sua sanidade.

Você é Charles Reed, um investigador particular contratado para descobrir quais forças (políticas e até metafísicas) se apossaram da cidade de Oakmond e de seus habitantes. Largado à própria sorte num mundo habitado por criaturas medonhas e entidades cósmicas , o jogador deve concluir sua investigação, ajudar os habitantes da cidade e lidar com a escassez de recursos básicos para sua sobrevivência.

Com uma jogabilidade e level-design únicos, The Sinking City se destaca de outros jogos do gênero. Suas quests e escolhas são ligadas a um sistema de investigação aberto que criam um fator replay de causar inveja em muitos RPGs da atualidade!

The Sinking City é um jogo memorável, produzido por um time pequeno, que entregaram um dos melhores jogos baseados nos Mitos de Cthulhu que já joguei! Se você gosta de um bom Survival Horror com elementos de RPG, não deixe de conferir essa Hidden Gem!

 

Desperados 3 é um jogo relativamente recente que foi quase que em absoluto ofuscado por grandes títulos de 2020. Sendo publicado em data próxima a The Last of Us – Part 2 e Ghost os Tsushima, sobrou pouco espaço nas redes sociais para comentarem sobre esse que é, na minha opinião, um dos melhores cases de sucesso de reviver franquias antigas. Desperados é uma franquia do início do século, que ficou esquecida na gaveta por vários anos  até a THQ Nordic, em seu plano e dominar o mundo, comprar todos os títulos que compunham a série e relançá-la para o nosso deleite.

Como eu comentei detalhadamente na análise de Desperados 3, a atenção aos detalhes é notável: O enredo, apesar de não ser revolucionário, prende a atenção enquanto a jogabilidade mantém o ritmo fluído, os gráficos sempre agradam, os personagens são carismáticos e a trilha sonora fica na cabeça como só as melhores trilhas sonoras Westerns conseguem fazer.

Em termos de gameplay, Desperados 3 é um jogo tático furtivo em tempo real, feito pra você se desafiar por dezenas de horas, e conta com um dos maiores efeitos replay da geração. O game é baseado em tentativo e erro, então usa e abusa de um sistema de Quick Save and Quick Load, de forma que o jogador deve fazer várias tentativas e desgastar o cérebro ao limite para conseguir alcançar seu objetivo. Caso você goste de desafiar o seu raciocínio, esse é seu game.

 

Titanfall 2 é o que podemos dizer fácil fácil, como um dos melhores FPS da geração. O jogo que teve sua estreia lá em 2014 e encantou à todos com sua formula frenética de combate, e ainda utilizando Titãs como armas. O sucesso foi de imediato e garantiu inúmeros elogios por conta da crítica. Resultado? O jogo teve um sequencia em 2016, e meus amigos, eis que surge uma das melhores campanha já feitas para um jogo do gênero.

O capricho que tiveram ao construir a historia de Titanfall 2 é bem visível, onde tudo vai acontecendo de forma rápida, mas precisa. Assumimos o papel do atirador Jack Cooper que durante uma missão fracassada, se depara com um Titã que teve seu piloto morto durante um combate. Cooper decide assumir o lugar do piloto e controlar o Titã de combate BT7274. A partir daí damos inicio a uma amizade onde laços são criados e a confiança de ambos é a chave para a sobrevivência.

A trilha sonora é louvável e acompanha todo o ritmo do jogo, entregando a batida certa para o momento indicado. Visuais lindos e diálogos interessantes entre os dois personagens, na medida que vão avançado.

Indispensável para os amantes de um bom jogo de tiro, Titanfall 2 conta com uma maravilhosa campanha singleplayer, e um excelente multiplayer, que neste caso, temos a opção de utilizar vários modelos de Titãs e ainda personalizar eles de acordo com o nosso gosto. Não deixe de joga-lo, e acompanhe a emocionante historia de um homem e sua maquina, o elo perfeito de amizade.

E você tem alguma outra Hidden Gem que gostaria de compartilha conosco? Deixe sua sugestão nos comentários.

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