Phil Spencer fala como as empresas lucram no game pass, console wars e stream na TV

O site The Verge publicou hoje, 24 de novembro, entrevista com Phil Spencer. Na publicação, o líder da marca Xbox, falou de diversos assuntos, incluindo console wars e explicou como as empresas lucram com o game pass.

Console Wars

Spencer foi questionado sobre a guerra de consoles e como os fãs conseguem ir a extremos sem se preocupar com a própria toxicidade.

“esse tribalismo na indústria, se há algo que me levaria a deixar a indústria, é isso…Nunca torcerei contra qualquer equipe criativa ou equipe de produto para falharem porque tenho um produto competitivo. Não faz parte de mim. Não acredito que isso nos ajude a longo prazo na indústria.”

Spencer diz que o melhor é celebrar os avanços e triunfos da indústria, especialmente porque poderemos ter coisas como crossplay que unem as comunidades, ao invés de perder tempo com discussões.

“Mas existe um núcleo que simplesmente detesta o produto do outro. Meu, isso é tão desanimador para mim…para mim, é uma das piores coisas da indústria.”

Como os estúdios arrecadam no Game Pass

Spencer também foi questionado sobre como os estúdios ganham dinheiro com o Game Pass. Ele explicou que tudo depende da situação, e cada jogo é analisado individualmente.

“Os nossos negócios são, digamos, caóticos. Isto soa mal gerido, mas na verdade depende da necessidade do desenvolvedor. Uma das coisas é ver um estúdio, geralmente de pequena a média escala, que poderá começar um jogo e diz ‘hei, estamos dispostos a colocar isto no Game Pass no dia de lançamento se vocês nos derem X dólares agora.’ O que podemos fazer é, criamos um chão para a equipa em termos do sucesso do seu jogo. Sabem que vão recuperar isto.

Em certos casos, pagaremos todo o custo de produção do jogo. Depois têm a oportunidade do retalho, além do Game Pass. Podendo vendê-lo no PlayStation, Steam, Xbox e Switch. Para eles, protegeram-se de qualquer risco. O jogo será feito. Depois têm o extra do retalho, e temos a oportunidade de o ter no lançamento,” explicou Spencer.

No entanto, existem casos em que o jogo está terminado e a Xbox paga um valor estipulado pelo estúdio para o jogo surgir no Game Pass.

Além destes exemplos de acordos e relações, Spencer falou ainda numa outra forma de negócio que permite colocar jogos no Game Pass, baseado no uso do jogo e da sua monetização.

“Outros querem acordos baseados no uso e monetização, seja uma loja de monetização criada com transações ou uso. Estamos abertos a experimentar com diversos parceiros, pois não acreditamos que já descobrimos tudo. Quando começamos, tínhamos um modelo que era baseado apenas no uso. A maioria dos nossos parceiros disseram, ‘sim, sim, compreendemos isso, mas não acreditamos nisso, por isso queremos o dinheiro de imediato.'”

Xbox como App na TV

Além disso, o líder da divisão Xbox foi questionado se as televisões são o próximo passo lógico para o serviço de streaming xCloud, após a chegada aos dispositivos móveis.

“Penso que irá descobrir nos próximos 12 meses,” disse Spencer sobre a ideia de colocar a Xbox nas TVs como uma app.

“Penso que nada nos vai parar de fazer isso,” acrescentou.

Neste momento, o xCloud está disponível para membros Xbox Game Pass Ultimate com dispositivos Android e a Microsoft luta para os colocar nos dispositivo iOS, após problemas com a Apple.

Um dos próximos objetivos será colocar o xCloud no iOS, mas as TVs também estão na sua mira, e Spencer esclarece desde já que isto não significa que se vão se afastar dos consoles.

“Não penso que estas sejam as nossas últimas peças de hardware. Quando pensamos no xCloud, que é a nossa versão do Stadia ou Luna, penso que o que precisamos evoluir são os jogos, que na verdade correm entre um ambiente híbrido da nuvem e a capacidade computacional local.”

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