A Sony, A Microsoft e a Valve receberam ontem, 07 de abril, um pedido para não apoiar Six Days in Fallujah, jogo desenvolvido pela Highware Games e que tem a Victura como Publisher. O CAIR (sigla em inglês para Conselho para as Relações Américo-Islâmicas), maior grupo de defesa dos direitos Muçulmanos nos Estados Unidos da América, emitiu um comunicado no qual pede para que este jogo não seja apoiado de forma alguma pela indústria de games.
O CAIR alega que Six Days in Fallujah é um “simulador para assassinar árabes” e indica o artigo do IGN, chamado “Six Days in Fallujah é complicado e doloroso para quem tem ligações aos evento reais” e ainda para um artigo do turco TRT World onde podes ler que “Six Days in Fallujah revela o problema da islamofobia na indústria dos jogos eletrônicos”.
Segundo a publicação, este jogo vai ajudar a “normalizar a violência contra os Muçulmanos na América e em todo o mundo”.
“Jogos como Six Days in Fallujah apenas servem para glorificar a violência que tirou a vida a centenas de civis iraquianos, justificar a guerra no Iraque e reforçar o sentimento anti Muçulmano numa altura em que a intolerância contra os Muçulmanos continua a ameaçar vidas humanas,” diz o porta voz Huzaifa Shahbaz .
Além disso, na mesma publicação há uma referencia, como forma de embasamento, ao site The intercept que fala do uso militar americano de fósforo branco, um composto incendiário com certas aplicações militares proibidas pelo direito internacional, e um estudo de 2019 que concluiu que as crianças nascidas no Iraque desde os combates tinham “defeitos congênitos horríveis relacionados com os militares americanos que estavam lá. ” Esse estudo menciona especificamente a presença de tório-234, um elemento radioativo que sobrou do urânio empobrecido usado em algumas munições americanas.