Caixa Indie: Oniken

A minha memória não me deixa esquecer os momentos maravilhosos que tive com o meu nintendinho. Isso ocorreu lá na década de 90, quando eu passava os finais de semana grudado na frente da TV com minhas irmãs e pai, tentando fechar Mario, Ninja Gaiden e Mega Man.

Até hoje eu costumo revisitar esses clássicos para matar a saudade. Não só pelo jogo em si, mas pela sensação que aqueles games me passavam na época. A dificuldade, a limitação dos controles e gráficos, todos esses ingredientes tornavam a experiência em algo épico.

Não é novidade para ninguém que sou um grande fã de jogos indies e foi justamente nesse nicho que consegui sentir essa mesma sensação. Um bom exemplo de jogo que provocou isso em mim foi o Oniken da Joymasher.

Vai encarar?

A história do jogo

Quando uma guerra global quase dizimou a humanidade, uma organização militar maligna chamada Oniken aproveita a situação para dominar e oprimir os poucos sobreviventes restantes.

Mesmo que qualquer resistência a esta organização pareça impossível, um pequeno movimento rebelde organiza ataques contra Oniken. Um dia, um mercenário ninja chamado Zaku oferece seus serviços à resistência por razões desconhecidas.

Seus movimentos são letais e agora ele é a única esperança da resistência.

Como podemos ver na descrição acima, a história lembra um pouco os roteiros de filmes de ação dos anos 80/90, que eram simples e diretos. O herói, um cara super hiper forte, tem que destruir a corporação maligna na base da porrada, no caso do game, na base da espadada.

O desenrolar dos eventos no jogo são mostrados através de belíssimas cutscenes, totalmente feitas em pixel art. Um excelente exemplo de como criar um jogo com estética retrô.

Outro detalhe importante do game são as legendas. Elas estão totalmente localizadas para o nosso idioma, dando a oportunidade a qualquer jogador de entender a história.

Diante do perigo

Lançamento e a versão Unstoppable

O game foi lançado originalmente para o PC em 2012. Depois de alguns anos uma nova versão foi lançada, apelidada de Oniken: Unstoppable Edition.

Essa edição trouxe novidades relacionadas ao design de níveis, melhorias gráficas e aprimoramentos de jogabilidade. Atualmente o jogo está disponível para o PC, Xbox One, PS4 e Nintendo Switch.

Eu joguei a versão Unstoppable Edition no computador e curti bastante o game.

Revivendo o passado

Se tem uma coisa que me deixou muito feliz com esse título foi a sensação de nostalgia. Os controles simples, a jogabilidade objetiva e a dificuldade tiveram o poder de me transportar para o passado.

Oniken é um game de plataforma e ação, semelhante aos clássicos Ninja Gaiden e Vice – Project Doom, onde o jogador terá por obrigação decorar o posicionamento e movimentos dos inimigos, principalmente dos chefes, para só então superar a fase, no maior estilo oldschool.

Outro boss

O jogo é difícil e teve momentos que larguei o controle para fazer outra coisa. Para só depois voltar e tentar novamente. Essa era a atitude que eu tomava quando criança, as vezes, eu largava o jogo em um determinado ponto, para só depois continuar.

Porque eu sabia que estando descansado, conseguiria superar o nível que estava empacado. Teve situações que eu só consegui superar o nível depois de ter sonhado com a solução. Mas isso é uma história para outro momento.

Tanto os gráficos, como a parte sonora são verdadeiros espetáculos nostálgicos. Se você é fã de jogos retrô, não deixe de experimentar o Oniken. Tenho certeza que não se arrependerá.

Trailer

Sobre o estúdio

JoyMasher é um estúdio de jogos independente fundado por Danilo Dias e Thais Weiller no início de 2012. Eles lançaram os jogos: Oniken, Odallus: The Dark Call e recentemente o Blazing Chrome. O estúdio fica sediado em Curitiba.

Website: https://joymasher.com/
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