Análise – The Devil in Me

Lançamento
17/11/2022
Desenvolvido por
SUPERMASSIVE GAMES
Publicado por
Bandai Namco Entertainment

The Dark Pictures Anthology: The Devil in Me é quarto jogo dessa saga de aventura interativa desenvolvido pela Supermassive Games e publicado pela Bandai Namco Entertainment. O jogo faz parte de uma série de antologias que apresentam histórias independentes de terror. Nesta história, os jogadores controlam cinco personagens que fazem parte de uma série de TV sobre assassinatos enquanto eles lutam pela sobrevivência em um hotel em ruínas, onde foram convidados a passar o final de semana para filmarem sua série. Eu estava animado para jogar The Devil in Me, já que eu sou um fã de jogos de terror e suspense e gostei muito dos outros jogos da série que joguei.

Uma boa trama, porém com personagens pouco inspirados. (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

A jogabilidade é centrada em escolhas que afetam o enredo e o destino dos personagens. A mecânica é semelhante a outros jogos da Supermassive Games, como Until Dawn, ou seja, você vai ter muitos Quick Time Events para fazer. Os jogadores devem fazer escolhas rápidas e precisas para sobreviver aos perigos da casa e chegar ao final. Uma escolha errada ou um botão apertado errado pode ser a diferença entre a vida e a morte dos personagens. A jogabilidade é envolvente e instigante, mas pode se tornar repetitiva e previsível. De novidade aqui você encontra que cada personagem tem um item específico e exclusivo para uso que vai te ajudar a passar pelos puzzles e explorar o cenário de forma diferente com cada 1, desde o flash de uma câmera, um microfone direcional para captar ruídos e até o clássico isqueiro zippo.

A jogabilidade é intuitiva e focada em Quick Time Events. (Imagem: Divulgação)

Gráficos e design

Os gráficos são excelentes, com belos ambientes e personagens detalhados. A captação dos movimentos dos personagens parece evoluir a cada jogo. O design da casa é assustador e opressivo, contribuindo para a atmosfera tensa do jogo. A direção de arte é forte, e os efeitos sonoros ajudam a aumentar a tensão do jogo.

Os gráficos foram aprimorados melhorando a imersão e tensão. (Imagem: Divulgação)

História e narrativa

A narrativa de The Devil in Me é interessante e intrigante, mas não é tão forte quanto em outros jogos da Supermassive Games. A história conta como a equipe de produção da Lonnit Entertainment é convidada a uma ilha onde há uma réplica em escala real do castelo do terror de H.H. Holmes. Desde a chegada a ilha onde está a réplica do hotel, até o início do drama dentro do imóvel o clima de apreensão é muito forte, com um ar de “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”. Da metade para a frente quando começam as cenas de perseguição o jogo lembra muito os filmes de terror dos anos 80. A narrativa é dividida em capítulos, com cada capítulo focando em um dos personagens ou duplas deles. A história é bem executada, mas algumas partes podem parecer confusas e pouco claras. Você não vai encontrar nenhum momento de virar a cabeça como em Little Hope, mas a narrativa segura bem a bronca até o final.

A história é recheada de momentos tensos onde sua sanidade será colocada a prova. (Imagem: Divulgação)

Personagens

Os personagens são bem escritos e têm personalidades distintas, mas não são tão memoráveis quanto os personagens de outros jogos da Supermassive Games. Sua equipe é composta por Charlie Lonnit, o diretor e líder da equipe, Kate Wilder a repórter que não faz questão de se dar bem com ninguém da equipe, o cameraman Mark Nestor que já foi o namorado de Kate, a iluminadora Jamie Tiergan que parece ter gosto em bater de frente com a Kate e tem um interesse romântico em Erin Keenan, a estagiária e assistente do diretor. Mesmo não sendo o melhor cast da série os jogadores ainda se importam com o destino dos personagens e suas escolhas afetam o resultado final.

Os personagens são bem inscritos porém sem a mesma inspiração dos outros jogos. (Imagem: Divulgação)

Som e trilha sonora

A trilha sonora é excelente, com músicas e efeitos sonoros que contribuem para a atmosfera tensa do jogo. Os efeitos sonoros são particularmente eficazes em aumentar a tensão do jogador. Desde os barulhos dos passos ao ser perseguido até a ambientação da casa, inclusive um dos personagens usa a audição como guia.

Em momentos de tensão a trilha sonora cumpre o seu papel. (Imagem: Divulgação)

Modos de jogo e replay value

O jogo tem um modo de jogo principal e um modo de história compartilhada. No entanto, o replay value é limitado, já que as escolhas dos jogadores afetam diretamente o resultado final do jogo.

O fator replay é pequeno, mas funciona para aqueles que buscam um final alternativo. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena?

The Dark Pictures Anthology: Devil in Me é um bom jogo de terror e suspense, com jogabilidade envolvente, gráficos excelentes e uma trilha sonora eficaz. A história é interessante e os personagens são bem escritos, mas não são tão memoráveis quanto os personagens de outros jogos da Supermassive Games. No entanto, o jogo é um pouco previsível e repetitivo em algumas partes. No geral, eu recomendaria para os fãs de jogos de terror e suspense, mas talvez não seja o melhor jogo da série.

Esta análise só foi possível graças a Bandai Namco Entertainment que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo em antecipação, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para o Xbox One e Xbox Series X|S, podendo ser adquirido por meio do nosso link afiliado ao final desta análise.

Análise – The Devil in Me
Conclusão
The Dark Pictures Anthology: Devil in Me é um bom jogo de terror e suspense, com jogabilidade envolvente, gráficos excelentes e uma trilha sonora eficaz. Mas falha com personagens pouco memoráveis.
Gráficos
8
Som
8
Jogabilidade
8
Diversão
8
Prós
Boa trama, envolvente
Gráficos estão acima dos jogos anteriores
Contras
Repetição de mecânicas
Personagens pouco inspirados
8
BOM
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