Análise – The Dark Eye: Memoria

LANÇAMENTO
27/01/2021
DESENVOLVIDO POR
Daedalic Entertainment
PUBLICADO POR
Daedalic Entertainment

The Dark Eye: Memoria é a sequência de Chains of Satinav (2012) e conta a história de dois heróis de idades diferentes. De forma simples podemos classificar The Dark Eye: Memoria como um aventure gráfico point and click com histórias e personagens fantasiosos; a continuação é uma boa oportunidade para quem já conhece a franquia ou está tendo o primeiro contato.

The Dark Eye: Memoria começa mais ou menos onde a história de Chains of Satinav parou. Seu companheiro precisa de ajuda e você parte em busca de Fahi, um comerciante intinerário que pode resolver o problema. Ele oferece uma troca; você resolve um enigma e ele ajuda seu amigo. Parece simples e até certo ponto fácil, mas o enigma é mais difícil do que aparenta, fazendo parte de uma lenda que existe a mais de 450 anos. A história esquecida de Sadja, uma princesa que viaja para encontrar um antigo artefato que pode virar o curso da batalha contra as hordas de demônios.

A história, no entanto, é muito boa e está longe de ser um clichê ou narrativa que vemos repetidamente nos jogos. Em vez disso, ela encontra seu próprio fio condutor em um mundo totalmente realizado e desprovido de enredo reproduzidos posteriormente, só por isso já vale jogar. Em The Dark Eye: Memoria, o mundo e seus personagens são apresentados de forma muito natural, acontecimentos do jogo anterior são apresentados de uma forma facilmente digerível para os iniciantes na série, às vezes até simples demais.

Como um jogo point and click, a jogabilidade definitivamente não é um dos seus pontos fortes. Porém mesmo com suas dificuldades ainda me senti surpreso com o quão bem elaborado alguns quebra-cabeças fora projetados. Alguns são mais complexos, outros nem tanto, mas sua grande maioria permite que um público mais amplo aproveite sem ser frustrado por obstáculos excessivamente complicados. No entanto, alguns irão testar sua paciência e determinação, mas não se preocupe o jogo possui um sistema de dicas.

O jogo e suas áreas de exploração são uma verdadeira beleza, e é justamente aqui em que ele brilha. Como cenas saídas diretamente de uma pintura, cada cenário é cuidadosamente projetado e preenchido com detalhes que dão um ar especial, como uma camada extra de cuidado. A única área em que o cuidado perdeu um pouco a mão foi nas animações faciais dos personagens enquanto rola os diálogos. Os movimentos faciais quase nunca sincronizam com as falas, é impossível não rir enquanto a boca dos personagens abrem e fecham aleatoriamente durante um diálogo sério.

Há duas questões que me irritaram um pouco, eu joguei pela primeira vez no PC e agora no Xbox, a versão do Xbox tinha uma estranha distorção no áudio de alguns capítulos, principalmente o número 3, algo que não aconteceu na versão para PC. Este é o capítulo em que Sadja precisa explorar uma floresta e a cada reviravolta a distorção se tornava pior, atrapalhando a experiência. Estranhamento o som volta ao normal quando você pausa o jogo, porém quando você retorna e começa a avançar em alguns cenários a frente a distorção voltava.

O segundo problema aconteceu em algumas no momento em que você quer sair de uma área e o personagem diz que é preciso completar o objetivo daquela área antes de sair. Até ai não é problema, porém o controle não respondia para a direção que eu queria ir e a fala do personagem repetia novamente como um loop. A forma que encontrei de corrigir isso foi recarregando o save anterior, que aliás não é automático, e novamente realizar os objetivos daquela area. Este problema aconteceu durante o capítulo 1 e capítulo 4, acredito que seja um bug que pode ser corrigido com um eventual patche. Fica claro que o port de movimentação do personagem não foi bem adaptado para os gamepads, visto que com o mouse isso jamais acontece.

Tirando estes dois problemas técnicos, confesso que me diverti bastante com esta versão do Xbox, pois quando joguei no PC não estava com a mesma empolgação de atualmente. The Dark Eye: Memoria tem tudo que um bom point and click precisa, cenários bem feitos, personagens fortes e uma história que quando você menos imagina te surpreende, superando as expectativas iniciais.

Esta análise só foi possível graças a Daedalic Entertainment, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox Series X|S e Xbox One e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – The Dark Eye: Memoria
Conclusão
The Dark Eye: Memoria é um bom adventure gráfico, com uma arte incrível e conta uma história sem muitos clichês. Porém alguns problemas técnicos com o som e controle tiram um pouco do seu brilho.
Gráficos
9
Jogabilidade
7
Som
6
Diversão
8
Prós
Ótima história e conhecimento
Personagens fortes
Puzzles e desafios na medida certa
Contras
Problemas técnicos típicos de port
Trilha sonora fraca
7.5
Bom
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