Análise – South Park: A Fenda que Abunda Força

South Park: The Stick of Thruth foi um dos melhores jogos lançados na geração passada. Mesmo com a produção conturbada (resolvida somente após a aquisição dos direitos de publicação pela Ubisoft), o game foi garantia de muitas gargalhadas ao longo da campanha, graças à sua boa dose de humor negro e irreverência.

Especulou-se que o jogo poderia perder a essência, uma vez que a produção estaria com outro estúdio, mas bastam alguns minutos para ter a certeza de que South Park retornou em grande estilo.

Pequenas mudanças

Pois é, South Park inteira ligada no RPG medieval e eis que Cartman, sempre ele, resolve mudar tudo: a nova brincadeira é sobre super-heróis a procura de um gato perdido.

O DNA do jogo permanece inalterado: ainda trata-se de um RPG cujo combate se dá por turnos. Cada aspecto do RPG é controlado pelo celular do personagem. Para evoluir o personagem, você deve usar o aplicativo “Artefatos”. Para Craft, o aplicativo correspondente e assim por diante. A rede social continua importante, mas dessa é o Instagram que dita as regras.

 

Você não vai poder escolher os atributos do personagem logo de cara. Raça, orientação sexual e religião são atributos que você define em quests específicas. Obviamente que as situações mais hilárias resultam desse tipo de quest.

Grandes mudanças

A mudança mais radical em relação ao primeiro jogo da série é o modo combate. Os turnos e poderes especiais continuam, mas desta vez temos o posicionamento no campo de batalha influenciando no resultado da batalha.  Conforme a campanha avança, os combates se tornam mais complexos e o posicionamento começa a fazer bastante diferença. Vale notar também o poder de cada herói também é influenciado pelo posicionamento. Muitas vezes é necessário planejar antes que herói usar, pois em combates avançados (geralmente contra chefões) o posicionamento é relevante.

 

Outra grande mudança diz respeito aos poderes “peidorais” do novato: desta vez eles atuam no espaço tempo, o que também influencia no desenrolar do combate.

Considerações Finais 

O jogo funciona como uma sequência direta do primeiro. Algumas coisas melhoraram bastante, como o combate e a movimentação, que está mais fluída. O humor negro manteve o mesmo nível: sobrou até pro Zack Snyder – e como não citá-lo quando o assunto são franquias de super-heróis, não é mesmo?

No quesito criatividade, o segundo capítulo perdeu força. Nada que seja impactante, mas o desfecho do primeiro game (e algumas side quests) são mais hilárias do que no segundo. Como existe um item no menu do jogo chamado “Season Pass”, é muito provável que esta carência seja suprida com DLC’s.

Agora, a última dica: assista a cena pós-créditos. Não se esqueça, South Park agora é uma franquia de heróis.

 

PS: Agradecimentos especiais à Ubisoft pela versão de avaliação do jogo. 

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