SkateBIRD é um jogo de esporte, sobre skate como o próprio nome diz, com fortes inspirações em Tony Hawk’s Pro Skater, muita criatividade, boas músicas, ou seja, uma combinação que tem boas chances de gerar algo muito bom. Mas será que o game cumpre seu papel? Veja a seguir o que achamos.
Pássaros + Skate = Combinação super divertida e criativa
Quando vemos o jogo pela primeira vez, seja um trailer, ou a capa, ou até mesmo o nome, dificilmente o game não conseguirá atrair nossa atenção. A mistura de pássaros e skate é um match perfeito, ilustrando muita criatividade por parte do time que desenvolveu o jogo.
E a criatividade não para por aí! Os cenários por onde fazemos nossas manobras são locais inusitados para se ter um skate park como, por exemplo, um quarto todo bagunçado, com coisas espalhadas por todo lado, até tigelas de comida debaixo da cama, tigelas estas, claro, que são utilizadas para a realização de manobras.
Ainda tem mais! Tem como personalizar os pássaros, que possuem várias espécies para escolhermos, várias roupas, colares, óculos, chapéus, cachecóis, lenços; dá pra ficar um bom tempo personalizando nossa ave para a aventura sobre quatro rodinhas.
Pássaros + Skate + Trilha sonora = Outra combinação que é de tirar o fôlego
Assim como no citado Tony Hawk’s Pro Skater – jogo reconhecido por sua ótima trilha sonora -, SkateBIRD também nos presenteia com uma excelente trilha sonora, com músicas instrumentais que nos fazem sentir que estamos praticando o esporte, e músicas cantadas que fazem não ficam pra trás quando comparadas às de Tony Hawk’s Pro Skater. Somente elogios a respeito da trilha sonora.
Gráficos aceitáveis mas poderiam ser um pouco melhores
Graficamente não há muito o que dizer sobre SkateBIRD, é um jogo de baixo orçamento, então é esperado que o próprio não possua gráficos muito atraentes, mas a equipe poderia ter gastado um tempo maior nos retoques. Há ainda na primeira fase, uma mesa de vidro e você só entende que ela está ali quando cai sobre ela.
De primeira, a sensação é de que não haveria uma superfície naquele local. Não há um efeito de reflexão bem feito para entendermos que se trata de um vidro. Fora esse problema os gráficos são aceitáveis e, por não ser o foco do game, não é um ponto para muita discussão.
A game by Neversoft… não… pera
Tony Hawk’s Pro Skater é pros jogos de skate o que Forza é pros jogos de corrida atualmente, referência. Por mais que não queiramos comparar com Tony Hawk’s Pro Skater (o que é até injusto neste caso, por ser um jogo de escala e orçamento bem menores), a comparação é inevitável, ainda mais quando um jogo é tão inspirado no outro. Como em tudo nesta vida, há pontos positivos e negativos a respeito disso.
Por ser fortemente inspirado num clássico (até os comandos são os mesmos), a criatividade dos desenvolvedores ficou limitada ao que já foi citado, que é colocar um pássaro sobre um skate. De resto, nada é novidade (exceto o “grito” do pássaro que gera pontos assim como nas manobras. Mas é isso, de resto já vimos tudo em Tony Hawk’s Pro Skater.
Mas e o gameplay? É tão bom quanto o de Tony Hawk? Bom…
Vamos à parte mais importante, o gameplay. O jogo segue a mesma mecânica implementada em Tony Hawk’s Underground. Temos um cenário “aberto” onde podemos ir onde quisermos, no caso do SkateBIRD, a primeira fase é um quarto bagunçado e encontramos NPCs que nos dão algumas missões. Além disso, há coletáveis normais e secretos espalhados pelo cenário. Neste ponto o jogo funciona bem, porém o gameplay do jogo é algo desastroso e que nos faz querer parar o jogo antes dos primeiros 15 minutos.
Controlar o personagem sobre o skate é um desafio às vezes, a física do jogo é bem mal implementada e a câmera não ajuda nem um pouco. Muitas vezes achamos que vamos conseguir fazer uma manobra de girar o corpo, um 180 por exemplo, porém a ave trava numa posição e cai ao pousar. O pássaro tomando um tombo é como se fosse pegar um objeto qualquer e jogar no chão, sem animação, duro, estranho. Outro ponto é quando aplicamos um Ollie, o pássaro começa a bater as asas dando a impressão de que vamos conseguir passar mais tempo no ar, porém nada disso ocorre. Em locais fechados, a câmera não sabe para onde “olhar”, ficando totalmente perdida, atrapalhando demais o gameplay. Há cantos do cenário também onde é possível ficar preso e não conseguir sair, pois não há sistema de colisão no game, você vai contra a parede e o personagem fica ali grudado na mesma. Infelizmente o jogo peca muito no principal, o gameplay.
Esta análise só foi possível graças a Glass Bottom Games que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.
