Análise – River City Girls Zero

LANÇAMENTO
13/09/2022
DESENVOLVIDO POR
Limited Run Games
PUBLICADO POR
WayForward Technologies

Publicado originalmente no Super Nintendo em 1994, com o nome Shin Nekketsu Kouha: Kunio Tachi no Banka, River City Girls Zero é um Beat em up para até dois jogadores. Sendo um dos jogos da série Kunio Kun, que nunca foram lançados aqui no ocidente. Já existia antes uma tradução feita por fãs que mostrava que o jogo tinha uma história pesada, não só pela história em si, mas os personagens usam expressões mais pesadas. Nessa nova versão, é possível escolher entre uma tradução direta do texto original japonês, ou uma tradução com termos adaptados, cortando alguns xingamentos desnecessários por exemplo. É uma adaptação muito bem-vinda, já que o tom de River City Girls é muito mais positivo e engraçado.

Além da localização, o jogo ganhou uma introdução no estilo anime como a de River City Girls, porém com um estilo que lembra muito os animes dos anos 90. Além da introdução, tem também duas cenas extras em mangá e créditos finais estilo anime. Tanto a introdução quanto os créditos tem uma música cantada por Megan McDuffee, que compôs e cantou a trilha sonora de River City Girls também.

A história do jogo começa com um acidente de moto, onde Kunio e Rikki supostamente atropelam de moto um pedestre que atravessava no sinal, sem parar para prestar socorro. Após este incidente, ambos são presos. O jogo começa com eles na prisão alegando inocência e bolando um plano de fuga, com ajuda de seu amigo Hiroshi, que os informou sobre o que tinha acontecido em River City na ausência de Kunio e Rikki. Então além de terem que provar sua inocência, ainda tem toda uma bagunça pra limpar.


River City Girls Zero é um beat em up oldschool. E como tal, ele já começa difícil e vai aumentando a dificuldade cada vez mais. O combate é bem completo, cheio de movimentos para executar e combinar. É possível dar socos, chutes, ataques para trás, pular, bloquear, chutar ou socar inimigos caídos, agarrar inimigos e estruturas, e usar ataques especiais. Na maior parte do tempo você vai ter quatro personagens jogáveis, podendo trocar entre eles apertando um único botão. Vale lembrar que se a vida de um único personagem se esgotar, o jogador perde um continue e precisa voltar do início da área atual.

A diferença entre personagens são os golpes especiais e a forma como batem. Existem dois tipos de estilos, o de Kunio e Rikki, e o de Misako e Kyoko. Mesmo com essas semelhanças, seus ataques especiais se diferem. Cada um tem dois tipos de ataque especial, sendo que os especiais de Misako são parecidos com o de Kunio e os de Kyoko parecidos com os de Rikki. Uma grande diferença entre os estilos de luta, é que apenas Kunio e Rikki conseguem socar inimigos caídos, além de seus ataques terem um alcance bem maior.

Gêmeas na porta do chefão. Não parece ser uma referência tão direta, mas lembra Streets of Rage

O que torna o jogo difícil, é que todos os inimigos têm as mesmas capacidades que o jogador. Ou seja, eles vão te socar, agarrar, chutar no chão e etc. A diferença é que inimigos comuns não tem invencibilidade enquanto levantam e também não tem golpes especiais. Os chefes do jogo vão ainda mais longe nesse aspecto, tendo invencibilidade quando se levantam e ao menos um golpe especial que tira 15% de sua vida. Além deles serem espertos o suficiente para bloquear seus ataques e contra-atacar. Nesse caso, a melhor estratégia é tentar focar apenas em acertar os ataques especiais, o que torna a luta contra chefes bem repetitiva. Levando em conta que os chefes têm muita vida, o combate acaba ficando chato bem rápido

A pixel art do jogo foi muito bem-feita, além de bons modelos de personagens para um jogo de Super Nintendo, ele tem cenários que se destacam, com muitos efeitos especiais e detalhes. Alguns dos detalhes que chamam atenção, são o da escola caindo aos pedaços e da roda gigante na fase do parque. Entre esses cenários, tem escola, porto, fábrica, discoteca, mansão, é bem variado como outros beat em ups da Techmos. Entre uma fase e outra existe uma fase de transição que é uma estrada, onde seu objetivo é chegar de moto até o fim ileso. Tem inimigos pelo caminho, mas eles não são obrigatórios. 

 

Esta análise só foi possível graças a WayForward, que gentilmente nos disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – River City Girls Zero
CONCLUSÃO
Uma excelente oportunidade de conhecer um clássico que foi lançado apenas no Japão, e descobrir a história que veio antes de River City Girls
Gráficos
8
Jogabilidade
8
Som
6
Diversão
8
PROS
Cenários bonitos e bem detalhados
Tradução repaginada
CONTRAS
Falta de opção de pular diálogos
7.5
BOM
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