Análise – Okinawa Rush

LANÇAMENTO
28/10/2021
DESENVOLVIDO POR
Sokaikan ltd
PUBLICADO POR
PixelHeart

O meu primeiro contato com um jogo aconteceu em um bar, lá no bairro do Limoeiro em São Miguel Paulista. Foi no do seu Manoel que me deparei com algumas pérolas do mundo dos arcades: Rygar, TMNT, Shadow Dancer, Shinobi e outros mais. Posso afirmar com todas as letras, que foi ali que nasceu o meu amor por games, em especial, aos feitos em pixel.

Mesmo que a tecnologia tenha evoluído ao ponto de nos confundirmos, as vezes, com o que é real e virtual, o meu gosto por esse estilo gráfico não mudou.

Sempre que possível, me pego a procura de jogos que tenham sido criados em pixel art. Okinawa Rush é um excelente exemplo disso.

Ele é uma mistura maravilhosa, as vezes confusa, de gêneros diferentes como o beat n up, luta e plataforma. Ele é uma espécie de carta de amor aos jogos antigos e também ao cinema da década de 90.

Modos do jogo

Desafio a altura

A primeira coisa que falarei aqui será sobre a dificuldade. O jogo tem dois modos: Arcade e História. O primeiro é extremamente difícil e não recomendo que o encare de cara. Ele tem limites de vida e continue, semelhantes ao que víamos em jogos antigos de arcade.

Já o modo história, além de acompanharmos todo o desenrolar da trama, teremos a possibilidade de escolher o nível de dificuldade (11 ao todo) e a oportunidade de encontrar vidas e continues pelo caminho. Eu joguei os primeiros cinco modos de dificuldade e depois fui para o último, só para testar. Mas não curti o mais elevado, porque acabei enfrentando bugs estranhos, como por exemplo, a cada hit que o meu personagem tomava de um inimigo, ele ficava invisível por algum tempo.

Níveis de dificuldade divididos por cinturão

Uma dica valiosa para superar os inimigos do jogo em qualquer nível, é investir no dojo. O dojo é um lugar usado para treinamento do nosso personagem e é através dele que conseguimos subir alguns status do nosso personagem.

Outra sugestão importante é finalizar o modo história, treinar bem no dojo, para depois jogar o arcade ou se quiser, ir atrás dos demais finais.

Direção artística impecável

A história

O personagem principal da história é o mestre Hiro, além dele, temos mais dois: Shin e a Meelin. Suas histórias se conectam em algum momento do game. Mas é a busca pela vingança de Hiro que conduz o jogador a uma jornada incrível.

Desenhos muito bem feitos

A cutscene inicial do modo história dependerá do personagem que você escolher. Fica claro, assim que vemos as primeiras cenas, o amor que o desenvolvedor Sokaikan tem por jogos de arcade.

Não espere por uma epopéia complexa, cheia de reviravoltas. Na verdade a história é bem simples, lembra de alguma que você jogou na época dos arcades? Elas não eram complicadas, mas simples e divertidas. Esse é o caso do Okinawa Rush.

Não deu nem pro cheiro

Arte dos punhos de ferro

Os controles são interessantes e ao mesmo tempo complicados. Os ataques não ficam limitados apenas aos botões, alguns necessitam da movimentação precisa do direcional. Parece simples, o grande problema acontece quando estamos diante de uma horda de inimigos, aí a coisa fica feia.

Tem golpes que são executados se colocarmos o direcional para baixo, outro é executado se colocarmos rapidamente o direcional para baixo e para cima. A minha crítica nesse ponto está relacionado ao movimento de defesa.

Se um ninja jogar uma shuriken na sua direção, para nos defendermos, temos que dar um toque no joystick na direção que a estrela ninja está vindo. Simples? Nem tanto, porque se você enfrenta um inimigo, tudo bem, mas quando você está diante de uma horda, a execução da defesa fica comprometida. Ao meu ver, seria interessante termos um botão específico para a defesa.

Outro ponto que não ficou 100% é o salto, lembra do elemento plataforma que falei no início da análise? Pois é, não funciona tão bem quanto eu gostaria.

Segunda forma: Roda d’ Água – Ni no kata: Mizu guruma

Mesmo com esses entraves, a jogabilidade do Okinawa é bem fluída e em muita das vezes frenética. Algo que me agradou muito. Com relação as fases, que são cinco ao todo, eles não são totalmente lineares, dando ao jogador a oportunidade de explorar o lugar a procura de atalhos e itens.

Embora o foco do game seja o uso dos punhos, temos algumas armas pelo caminho e não EXISTE maior satisfação do que pegar a espada e fatiar os adversários. É uma delícia cortar ninjas, principalmente em grande quantidade. rs

Sempre há um diálogo maneiro antes das lutas contra os chefes

Chute na cara

Visualmente o jogo é lindo. Eu gostei muito dos sprites usados nos modelos dos personagens, em especial, a dos bosses. Uma coisa que reparei durante o combate contra alguns chefes, que na medida que eu diminuía a barra de vida dele, feridas surgiam em seu corpo. Eu gostei muito desse detalhe, que ao meu ver, enriquece a experiência.

Outro ponto alto no jogo é a sua dublagem. Os atores escolhidos conseguem transmitir emoção na medida certa e isso é percebido durante as cutscenes e também quando encontramos o chefão no final da fase.

Infelizmente acabei pegando um bug estranho na luta contra um dos chefes. O dito cujo ficou paralisado em um canto da fase, em um momento de vulnerabilidade. Isso me atrapalhou um pouco, porque para atingir esse inimigo em especial, eu tinha que fazer algo diferente (não vou falar para não dar spoiler).

Hora de resgatar os reféns

Agora, o que é um chute na cara do jogador é o seu menu. Eu achei ele muito confuso, principalmente se você desejar trocar de personagem. Vou tentar explicar da melhor forma possível, porque foi assim que funcionou comigo.

No modo história podemos jogar com qualquer um dos três personagens, mas assim que iniciamos esse modo não aparece um menu de seleção. Esse menu está presente no modo arcade, ou seja, eu tinha que iniciar o modo arcade, jogar com um personagem, para só depois jogá-lo no modo história.

Eu achei bem estranho isso, pesquei na internet por reclamações interessantes e encontrei outros usuários reclamando do menu. Outro ponto ruim, é o menu acessível durante o jogo. Se você pressionar o botão que pausará o game, surgirá alguns itens, mas para ter acesso ao restante do menu você terá que pressionar o botão voltar Infelizmente não há uma indicação disso no HUD.

Vale a pena?

Mesmo tendo alguns problemas, eu curti demais o jogo. Infelizmente ele não é perfeito e carece de algumas melhorias. Por conta disso, eu o indico se você for um fã de jogos retrô ou um amante por desafios a moda antiga. Agora se você deseja apenas experimentá-lo, deixe para comprá-lo em uma promoção.

Esta análise só foi possível graças a Sokaikan e PixelHeart, que gentilmente nos disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – Okinawa Rush
Conclusão
Okinawa Rush é um bom jogo. A mistura de gêneros dele funciona na maior parte do tempo e sua pegada oldschool fará com que você viaje no tempo.
Gráficos
9
Jogabilidade
6
Som
8
Diversão
7
Prós
Direção de arte
Excelente dublagem
Multiplos finais
Contras
Menu confuso
Alguns bugs
7.5
Bom
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