Análise – No More Heroes III

LANÇAMENTO
10/11/2022
DESENVOLVIDO POR
Grasshopper Manufacture Inc.
PUBLICADO POR
Marvelous Inc.

No more Heroes 3 é um hack n slash desenvolvido por Grasshopper Manufacture Inc e publicado por Marvelous Inc. É a sequência de uma franquia bem-sucedida do excêntrico Suda 51 , conhecido por jogos como Killer 7, Lollipop Chainsaw, entre outros. Todas as obras de Suda 51 são bem únicas por diversos fatores. No caso de No More Heroes, a estética futurista misturada com coisas mais comuns da nossa época, além de clichês de animes e tokusatsus, dão um charme especial pro jogo. E o protagonista, Travis Touchdown por si só, já é uma mistura de tudo isso. Ele tem um visual rockabilly, usa uma katana de luz, adora sushi e filmes japoneses, além de ter uma habilidade de transformação, onde ganha uma armadura robótica insana.

A história do jogo começa com uma introdução sobre um alienígena chamado FU, que ficou escondido na Terra, e quando partiu, prometeu a seu amigo humano que voltaria 20 anos depois. De fato, ele retorna após esse tempo, trazendo consigo um grupo de guerreiros galácticos que causam terror no planeta, destruindo tudo o que veem pela frente.  Até que se deparam com Travis e seu grupo, que pararam a invasão matando um dos comandantes. Eis que FU decide desafiar Travis para competir no ranking de Super Heróis Galácticos, onde ele precisa derrotar nove comandantes alienígenas para salvar o planeta. De forma geral a história é bem sem noção e quebra expectativas diversas vezes. E isso é feito de uma forma tão boa, que é praticamente o melhor aspecto do jogo todo.

O jogo tem mapas grandes, mas sem muito motivo para explorar além das poucas missões que existem espalhadas por cada um deles. Existem vários tipos de missões espalhadas pelo mapa e cada uma acontece dentro de pequenas áreas que funcionam como novas instâncias. Ou seja, cada vez que entrar em uma missão, o jogo começa uma tela de loading, carrega uma área pequena com uma quantidade pequena de inimigos ou objetos. Após concluir, o jogo carrega novamente o mapa principal. E são justamente essas telas de loading que deixam o jogo longo e maçante.
Em cada combate é possível enfrentar no máximo 5 inimigos por tela, o que parece ser uma limitação do jogo para manter a performance, mas com certeza todas as plataformas para qual o jogo foi lançado conseguem rodar jogos mais complexos. O que de fato mostra que é uma decisão de design, é como cada inimigo se comporta no combate. Mesmo os inimigos mais simples têm ataques que podem causar problemas. É necessário pensar antes de cada movimento, para não ficar preso em ataques de inimigos. No começo até que os inimigos são fáceis, mas a medida que novos tipos de inimigos aparecem e vão se misturando entre outros, a coisa vai ficando cada vez mais complicada.


Além das missões de combate, existem outros tipos bem inusitados de missões, como a de limpar banheiros, corrida de moto, aparar grama, atirar em jacarés gigantes com um tanque, entre outros. Após concluir um nível de missão, outro nível fica disponível, dependendo de que ponto do jogo você está. Os níveis mais altos só abrem no finalzinho do jogo.

Concluindo o número de missões necessárias para a história avançar, é preciso juntar uma quantia em Utopicoins (a moeda corrente do jogo) para pagar a entrada na disputa pelo ranking. Feito isso, o jogador é automaticamente teleportado para o Motel onde Travis mora. Lá é possível trocar de roupa, fazer upgrades e salvar o jogo. Tendo se preparado no Motel, é só partir para o estacionamento para enfrentar o chefe e terminar o capítulo atual.


O combate do jogo é bem rápido e simples. Travis tem ataques normais e fortes, além dos comandos de pular, esquivar e recarregar a espada. A cada ataque, Travis gasta a energia de sua espada, que pode ser recarregada segurando RB e colocando o analógico direito pra cima e para baixo. Existem também outras formas de carregar a espada, comendo um sushi específico ou dando um suplex em um inimigo tonto. A esquiva é também é uma coisa muito importante no combate, principalmente se usada em momentos específicos. Cada vez que o jogador faz uma esquiva perfeita, o jogo fica em câmera lenta, enquanto Travis mantem sua velocidade e contra-ataca o inimigo.

Ao acabar com a barra de vida do inimigo, é preciso cortá-lo ao meio usando o analógico direito para mover a Bean Katana. Cada vez que um inimigo é abatido, aparece uma roleta na tela, que caso combine três imagens iguais, gera uma vantagem específica para Travis. Coisas como invencibilidade, modo selvagem, um especial que acerta todos os inimigos, etc. É possível melhorar os resultados da roleta de diversas formas, uma delas é comendo um sushi específico durante o combate. Existem ao todo cinco tipos de Sushi, cada um com um efeito único quando consumido durante o combate. Também é possível comer lamens especiais antes das batalhas para conseguir buffs únicos.

Existem também quatro habilidades de combate da sua Death Glove, que são, um golpe de luta-livre, chuva de projéteis, desaceleração do tempo e um empurrão a distância.

 

Um ponto fraco do jogo com certeza é o seu gráfico. Apesar de ter uma estética super diferentona, o jogo tem diversas texturas que estragam o visual. Boa parte delas até mesmo demoram para carregar, principalmente durante as cutscenes. Boa parte delas são texturas com efeitos de profundidade, como cicatrizes e relevos por exemplo. De forma geral, o jogo tem um visual que carece de polimento. Mesmo jogos mais antigos do Suda 51 como Lollipop Chainsaw não me causou essa estranheza, o que me faz pensar que realmente faltou um cuidado maior nesse aspecto, o que pra mim não é culpa da estética em si, mas sim das escolhas de texturas e shaders.

Outra coisa que pra mim foi problemática, foi o fato de o jogo não ter save automático. Apesar de não ser necessário em boa parte do tempo, já que pelo que parece não tem “Game Over”, mas eu cheguei a jogar um capítulo inteiro sem salvar e o jogo crashou logo antes do Boss. Ao retornar, eu tive que fazer todo o capítulo de novo, o que foi bem chato. Mas de forma geral o jogo é divertido no fim das contas, tem uma história sem noção com muitos momentos sem pé nem cabeça, e tem um minigame muito interessante chamado Deathman, que inclusive eu recomendo muito que joguem. É um beat em up bem desafiador, nos moldes antigos, com excelentes músicas e apenas quatro fases.

Esta análise só foi possível graças a Marvelous Inc., que gentilmente nos disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – No More Heroes III
CONCLUSÃO
Um Hack n slash super sem noção e muito estiloso, diferente de tudo o que você já viu.
Gráficos
6
Jogabilidade
8
Som
7
Diversão
7
PROS
Combate divertido
Estética dos personagens e cenarios
CONTRAS
Excesso de loadings
Visual ultrapassado
Falta de save automático
7
BOM
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