Mortal Kombat 1, isso mesmo UM, é a mais recente entrada na história da franquia, enquanto todos esperavam pelo 12, a Nether Realm Studios resolve fazer mais um reboot aproveitando o final do jogo na versão ultimate de MK11 e recomeçou a história e até a numeração. Mas apesar disso esta bem longe de ser um recomeço e esta mais pra um catadão de ideias antigas, vem comigo nessa análise pra entender
Jogabilidade
Desde Mortal Kombat 9, onde encontraram a fórmula para um MK em 3D com jogabilidade em 2D como já tinha feito Street Fighter 4, a jogabilidade vem evoluindo dentro desta fórmula, neste jogo não é diferente, tendo dessa vez como adição o parceiro, você seleciona além do seu personagem principal para descer porrada na galera, um partner, esses personagens extras entram em campo para desferir um golpe conforme a combinação de RB+Direcional que você usar, mas eles não se limitam a isso, eles podem fazer um combo-breaker (um golpe que interrompe o combo do adversário, acabando com a pressão que você esta sofrendo), arremessos e até Fatalities. Em contra parte, retiraram as interações com o cenário do último game e que eram comuns na série Injustice do mesmo estúdio. Uma coisa que me incomodou foi a padronização do brutality no gancho e o fim dos stage fatalities.
No demais temos a mesma qualidade que se viu nos jogos anteriores, com muitos combos, golpes para arremessar ou fazer quicar seu adversário e sangue jorrando pra todo lado.
Gráficos e design
Graficamente o jogo está muito bonito, com muitos contrastes, o HDR chora de tanto que é usado rsrsrs. A modelagem dos personagens que não me agradou tanto, principalmente nos personagens mais “normais”, a skin de Van Damme para o Johnny Cage, por exemplo, se não falassem que era o Van Damme eu nunca reconheceria. Mas tem uma coisa que me incomoda desde o MK11 e agora ficou mais evidente ainda, o jogo esta muito colorido, cores muito vivas, MK sempre tem um clima mais sombrio, mais dark, nesse aqui isso desapareceu de vez, lembra o que aconteceu com Diablo 3 nas suas devidas proporções.
As animações dos golpes, os fatalities e brutalities continua um espetáculo, agora com opções desses serem feitos pelos parceiros também aumentou o leque disponível para finalizar uma luta.
História e narrativa
Aqui que o jogo escorrega forte, depois da ótima narrativa de reboot do MK9, da versão atualizada da trama do Shinok de MKX e a trama inédita de Kronica em MK11, estamos em novo reboot da linha do tempo ocasionado pelo final de MK11 Ultimate, além de ser desnecessário um novo reboot tão cedo, mas ainda aceitando devido ao final do jogo anterior, aqui eles usam essa reset para trazer tudo aquilo que nunca deveria ser lembrado, que são os jogos da franquia nos tempos de Playstation 2. Aqui, dentro dessa nova linha do tempo eles conseguiram trazer de momentos que são iguais ao MK5 Deadly Alliance, outra parte ele copia o Mortal Kombat Armagedom, tem várias referências a personagens e momentos da história de MK Deception e o conjunto da história de MK1 fica no mesmo nível desses games da fase sombria. Não se deixe enganar pelo começo legal com o Raiden sendo um simples mortal e o Kung Lao um agricultor, o Liu Kang deus do fogo e protetor da Terra, Subzero e Scorpion sendo irmãos entre outras coisas que o primeiro capítulo do modo história nos apresenta. Dali pra frente é só pra trás como diz o meme, a história vai virando uma galhofa cada vez pior e descamba pra cafonisse total.
Lastimável é a melhor definição que eu encontrei para a história desse jogo, agora sim ele vai precisar de um reboot. Além disso, durante o modo história você descobre que os personagens já anunciados para primeira DLC do jogo já estão lá! Você enfrenta Quan-chi e Ermac no modo história, mas para poder jogar com eles apenas comprando a DLC, a cara de pau não tem mais limites mesmo.
Modos de jogo e valor replay
Mortal Kombat 1 traz as tradicionais torres, que são o modo arcade, o versus tanto online quanto o local, o modo história que o foco é na narrativa e substitui a Krypta que era o destaque dos jogos anteriores pelo modo invasão, que nada mais é que uma Krypta piorada, chata e repetitiva. Além de que os desbloqueáveis são bem menos interessantes que nos outros jogos, parece que a criatividade acabou e estão raspando o tacho.
O fator replay fica mais para quem gosta de jogar online, os modos singleplayer dificilmente vão te fazer voltar ao jogo após concluir uma vez.
Vale a pena?
Mortal Kombat 1 escorrega comparado aos seus predecessores e ao que Street Fighter 6 trouxe, mas ainda é um belo jogo de luta, para quem só quer ver sangue voando e umas cabeças sendo cortadas não existe nada melhor. Agora para quem é fã da franquia e esperava pelo ápice da fórmula a decepção vem.
Esta análise só foi possível graças a Warner Bros Brasil que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox Series X|S, podendo ser adquirido por meio do nosso link afiliado ao final desta análise.