Análise – Lunark

LANÇAMENTO
29/03/2023
DESENVOLVIDO POR
Canari Games
PUBLICADO POR
WayForward

Lunark é um jogo de ação, criado pela Canari Games e publicado pela Wayforward. O jogo é todo feito em pixel art e utilizando efeitos de rotoscopia para criar as cutscenes do jogo. Durante o processo de criação, Johan Vinet se inspirou em jogos clássicos como Prince of Persia, Flashback e Another World, além de filmes como Blade Runner, Indiana Jonnes e Total Recall. 

  

O jogo conta a história de um futuro distante, onde a a lua foi transformada em uma espécie de Arca de Noé, conhecida como Lunark, e é controlada por uma inteligência artificial, com o propósito de enviar os humanos para o planeta habitável mais próximo, sendo esse o planeta Albaryne, onde a história se passa. O protagonista é Leo, um jovem habilidoso após ser incriminado por um ato terrorista que não cometeu, acaba indo de encontro com um grupo rebelde que tenta resistir a opressão do governo de Lunark em Albaryne. 

 

   

A jogabilidade lembra muito a de jogos antigos como Flashback, mesmo tendo um layout de botões diferente e tendo botões dedicados a ações específicas que em outros jogos do gênero eram misturadas em um único botão. É possível correr, pular, atirar, ativar escudo, rolar e interagir com o cenário usando os botões, e escalar utilizando o direcional. Ao explorar os cenários, muitas vezes é preciso alternar entre esses comandos, e o jogo já começa com um excelente tutorial onde você pratica um pouco sem se preocupar em morrer enquanto aprende.
  

O botão de correr é praticamente o botão mais importante do jogo. Além de pegar distância para fazer saltos distantes, ele também é utilizado para se manter pendurado enquanto se agarra a uma plataforma. Já o botão de ativar o escudo não tem muita utilidade. Pois apesar de formar um escudo que evita dano de qualquer direção, ele tem uma área fixa que não diminui quando você se abaixa. E levando em conta que a melhor tática contra a maioria dos inimigos é abaixar, isso diminui a utilidade do escudo. 

  

Os cenários são todos muito bem coloridos e detalhados, não só na parte da frente como nos fundos, onde sempre tem algo acontecendo. No estágio inicial é possível ver uma cidade bem viva e cheia de carros voando; No estágio do trem tem pessoas mexendo no celular e tem uma bela vista da cidade lá fora; No estágio final tem uma boate com vários efeitos de luz e pessoas dançando. Tanto nesses estágios como nos outros, existe uma grande quantidade de detalhes e pessoas com quem podemos falar e entender melhor sobre como é a vida naquele universo. Boa parte deles tem nomes e aparência de pessoas que ajudaram o jogo pelo Kickstarter.

Ao todo são 12 estágios repletos de desafios de plataforma e quebra cabeças que exigem atenção do jogador. Boa parte deles não são tão complexos como os de Flashback. Eles são mais minimalistas como em Another World. Na verdade, ele fica no meio entre esses dois, e é um equilíbrio muito bom, pois agrada a quem já está acostumado com esse tipo de jogo e não frustra quem é novo no gênero. 

Além dos detalhes e desafios do jogo, existem também áreas secretas com itens coletáveis. Alguns deles são melhorias para sua arma e os outros são trocados com um NPC para aumentar o seu total de pontos de vida. Achar essas áreas é em boa parte difícil, porém gratificante. Não achar uma sala secreta pode fazer com que você continue o jogo até zerar, mesmo que sem querer. Porque o jogo é tão bom de jogar que é difícil querer parar só por causa de uma sala, embora qualquer upgrade ajude muito na jornada.

Alguns inimigos foram inspirados em inimigos de Flashback, outros em Prince of Persia, mas boa parte deles são originais. Além da estratégia para derrotá-los ser bem diferente em Lunark, eles são geralmente mais resistentes e inteligentes, exigindo muita cautela do jogador. Além dos inimigos normais, tem alguns chefes, que também são desafiadores e demandam estratégia.

 

Cada estágio tem sua própria música, diferente de outros jogos do gênero, que costumam ser silenciosos boa parte do tempo. As músicas são eletrônicas e futuristas e se encaixam bem com a ambientação de cada cenário. Até mesmo quando você está na floresta. Uma das músicas que se destaca é a da fase final que tem um solo de guitarra sintetizada que fica na cabeça. 

Lunark é muito divertido e trás a nostalgia dos anos 90 mesmo sendo um jogo moderno, e ele está disponível para Xbox One e Series SX. Eu usei a versão de Xbox para fazer essa review, e agradeço a WayForward por confiar no meu trabalho e me ceder a key do jogo.

Análise – Lunark
CONCLUSÃO
Um excelente sucessor espiritual de Flashback, que emula bem a sensação de jogar jogos de plataforma antigos, mas sem ser frustrante
Gráficos
10
Jogabilidade
9
Som
10
Diversão
9
PROS
Visual muito bem feito
Jogabilidade precisa
Músicas viciantes
CONTRAS
Sistema de defesa ineficaz
9.5
VICIANTE
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