Análise – Hazel Sky

LANÇAMENTO
19/07/2022
DESENVOLVIDO POR
Coffee Addict Studio
PUBLICADO POR
Neon Doctrine

Essa análise marca o meu retorno definitivo ao site. Depois de oitenta dias com o braço engessado, por conta de um acidente, hoje tenho a honra de publicar o meu review sobre um jogo brasileiro.

Hazel Sky foi desenvolvido pelo estúdio catarinense Coffee Addict Studio e publicado pela editora Neon Doctrine. O título foi lançado em várias plataformas e a versão jogada para essa análise foi a do Xbox One.

Ele é um jogo de aventura e exploração. Enquanto eu jogava a campanha, tive diversos lampejos de memória da época que joguei o Bioshock 3. Enquanto o game da 2k Games era em primeira pessoa (FPS), o Hazel foi feito em terceira.

Nas próximas linhas tentarei explicar melhor o porquê dessa comparação.

O Engenheiro

O personagem principal do game se chama Shane. Ele é um jovem candidato a engenheiro. Essa função é muito valorizada e tem como figura máxima o 23° Engenheiro, que governa a cidade de Gideon, que até onde entendemos, não parece agradar a todos.

Shane terá que provar o seu valor através de diversos desafios, para só assim, se tornar um engenheiro e retornar a cidade. O problema é que muitos morreram tentando, incluindo membros da sua família.

A história

Assim que iniciamos o jogo, surge um barco com um homem de óculos e o personagem principal com os olhos vendados. Shane é levado até a primeira ilha, para que assim, possa iniciar a sua jornada.

Eu curto muito jogos que contam a história do seu universo através de construções, ambientes detalhados ou itens encontrados ao longo do caminho. Esse é o caso do Hazel Sky.

Assim que desembarcamos, nos deparamos com um livro que conta um pouco sobre aquele mundo. Mais informações sobre a lore são encontradas em anotações, objetos, coletáveis e através dos diálogos entre os personagens.

O estúdio brasileiro conseguiu criar um universo interessante, cativante, misterioso, com uma pegada política/revolucionária que me lembrou muito a franquia Bioshock. O sentimento que tive enquanto jogava o game, e depois de concluí-lo, foi o mesmo que tive quando finalizei os games da 2K.

A exploração

O objetivo básico no game é consertar máquinas. Para que isso aconteça o jogador terá que explorar todos os cantos possíveis da ilha à procura dos materiais necessários para a realização desta atividade.

Alguns materiais estão em lugares de fácil acesso, outros dependem da resolução de pequenos puzzles. Esses desafios são simples e poderão ser resolvidos em pouco tempo. Claro que isso dependerá do jogador e a forma como ele explora o ambiente.

Com relação aos desafios, eu senti a falta de problemas mais complexos ou situações que realmente colocassem as habilidades do jogador à prova. Mas não é algo que me incomodou, porque eu estava totalmente imerso na história do game.

Com relação aos controles, eles funcionam bem, mas senti falta de uma certa fluidez, algo que é normalmente visto em jogos do mesmo gênero. Outro ponto que me desagradou um pouco foi a escolha do estúdio com relação ao segurar um botão para agarrar objetos ou em pontos onde o personagem ficará pendurado.

Às vezes eu esquecia de continuar pressionando o dito botão e o personagem caia. Fora que em certas ocasiões temos que pressionar o botão de pulo, enquanto continuamos a pressionar esse de agarrar. Essa combinação, ao meu ver, não ficou legal. Mas também ela não impactou profundamente a minha jogatina.

A ambientação

O design dos cenários foi bem feito, principalmente em ambientes fechados, como a torre no início do jogo ou o fundo do poço. Com relação ao clima, a transição entre um dia ensolarado e chuvoso ficou um show à parte. Há alguma limitação aqui ou ali, porém o resultado final encantará o jogador.

A parte do áudio ficou muito boa, principalmente a dublagem em português e inglês. Meu único porém nesse quesito é que algumas vozes, em determinados momentos, não conseguiram estabelecer o tom necessário para a situação. Isso não me tirou da imersão, mas me deixou com a sensação de que poderia ter sido melhor.

Infelizmente a música do game não é marcante, na verdade, com o tempo ela se torna repetitiva. Já as tocadas no violão, essas são lindas.

Resumo da obra

Hazel Sky tem pontos positivos e negativos. Ele é um jogo ambicioso, que dentro de suas limitações técnicas, consegue cativar o jogador do início ao fim. Muitos acharão estranho compará-lo ao famoso Bioshock.

Sabe aquele jogo com uma história bacana, que ficará em você, mesmo tendo acabado o jogo? Hazel Sky é assim. Isso aconteceu comigo no Bioshock e da mesma forma com esse game. A história me fez ter inúmeras perguntas e me deixou com vontade de jogar possíveis continuações.

Eu não sou muito fã de platinar jogos, no caso do Hazel, fiz questão de pegar a maioria das conquistas, incluindo a do final secreto. Ainda faltam alguns colecionáveis para platinar, em breve finalizarei essa parte.

Esse é um dos poucos jogos que você não precisa fazer algo mirabolante para conseguir o final alternativo.

Por favor Coffee Addict Studio, façam uma continuação. Adoraria saber o que aconteceu depois do final e porque não, saber um pouco mais sobre o passado dos personagens e daquele mundo.

Esta análise só foi possível graças a Coffee Addict Studio e Neon Doctrine, que gentilmente nos disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – Hazel Sky
Conclusão
Hazel Sky é um excelente exemplo de onde o cenário brasileiro pode chegar com seus projetos. É um jogo cativante, misterioso, com uma história que te deixa com dúvidas e com vontade de jogar mais.
Gráficos
8
Jogabilidade
7
Som
8
Diversão
9
Prós
História misteriosa e cativante
Localização em português
Tocar violão
Ambientação
Contras
Os puzzles são fáceis
A música com o tempo torna-se repetitiva
8
Bom
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