Evil West é um jogo de ação, desenvolvido pela Flying Wild Hog e publicado pela Focus Enterteinment, que a princípio parece um jogo normal de tiro em terceira pessoa, mas logo no início do jogo é perceptível que os golpes corpo a corpo causam muito mais dano do que as armas de fogo, o que o torna diferente dos jogos atuais com o mesmo estilo de câmera. É o tipo de jogo de ação que não vemos desde a época do 360, apesar de ter algumas influencias de jogos mais antigos aqui e ali, ele é um jogo bastante original e não tenta parecer com jogos famosos atuais. Apesar de ser um jogo linear, é possível explorar um pouco o cenário para achar passagens escondidas para encontrar segredos.
O personagem principal é Jesse Rentier, que faz parte do Rentier Institute, que é uma divisão secreta do governo dos Estados Unidos especializada em caçar vampiros. Apesar da história se passar no velho oeste, no universo de Evil West a tecnologia é muito avançada, a ponto de existirem diversos tipos de armas que usam poder elétrico. A vantagem dos caçadores contra os vampiros é justamente essa tecnologia, a manopla por exemplo, tem diversas utilidades e além de causar danos de contusão e perfuração, ainda é capaz de eletrocutar inimigos com alguns upgrades. Entre as armas disponíveis temos revolver, rifle, espingarda, besta, lança chamas, metralhadora e até granadas. Cada uma dessas armas tem melhorias devastadoras que podem ser compradas com o dinheiro achado no cenário.
O combate do jogo é bem diferenciado e parece ter uma influencia de beat em ups. Além de esmurrar os inimigos no chão, é possível mandar eles para o ar e acerta-los no alto com tiros, socos ou até mesmo dar um soco forte para arremessa-los em outros inimigos ou em objetos espinhosos e explosivos do cenário. É possível se esquivar para o lado ou rolar para evitar ser atacado, mas também é possível se defender a partir de certo momento do jogo. A defesa é muito útil, já que eletrocuta o inimigo e o deixa com a guarda aberta para ser punido.
As armas de fogo são bem úteis apesar de causarem menos dano que a manopla. Seu uso principal é para acertar inimigos distantes e para interromper ataques inimigos, acertando pontos fracos. Ao fazer isso, o jogador recebe uma recompensa de vida. A pistola, o rifle e a besta são recarregadas normalmente quando acaba a munição, enquanto as outras armas recarregam com o tempo, então é bom pensar bem antes de sair gastando tudo.
Além de uma boa variedade de armas, o jogo oferece uma boa variedade de habilidades tanto para armas quanto para o personagem. Existem diversas abas com habilidades que ajudam muito nos combates que ficam cada vez mais complexos. Um ponto super positivo do jogo é que a medida que avança, é possível reverter as mudanças na arvore de habilidades, recebendo de volta todos os pontos e dinheiro gasto em melhorias para poder realoca-las como preferir.
Apesar de tanta variedade ser algo bom, as vezes isso chega a atrapalhar. Fica difícil se decidir no que usar em combate, e infelizmente Evil West tem o mesmo problema que jogos como God of War, que é a mistura indiscriminada de inimigos complexos. Com inimigos complexos, eu quero dizer aqueles que sempre são apresentados sozinhos e geralmente pedem uma atenção especial para serem derrotados, pois eles não se aplicam as regras gerais do jogo. Por exemplo, tem inimigo com escudo e é preciso quebrar o escudo antes de causar dano, tem outro que gera uma barreira envolta de todos os outros monstros, e outro que lança uma teia no chão que causa lentidão se for tocada. A medida que o jogo avança, esses inimigos são misturados aos montes e vai dando aquela sensação de forçação de barra na dificuldade. Talvez seja porque o jogo possui um modo cooperativo para dois jogadores, mas ainda assim não justifica essas misturas que em sua maioria, são injustas.
O visual do jogo é bem bonito no começo, mas em alguns cenários já não parece tão bom. Tem muitos detalhes de cenários ou de personagens onde o brilho é saturado demais, o que dentro do jogo fica um tanto feio, mas funciona muito bem nas cutscenes em CG. Mesmo não tendo o melhor dos gráficos, ele não é um jogo feio, e além de ter lugares interessantes nos cenários, da pra desbloquear skins diferentes para suas roupas e armas, caso não goste das iniciais. E se você chegar ao final e ainda quiser se aventurar mais um pouco, é possível iniciar um novo jogo+, mantendo seus upgrades.
Esta análise só foi possível graças a Focus Entertainment, que gentilmente nos disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.