Análise – Dragon’s Dogma 2

Última atualização:
Lançamento
22/03/2024
Desenvolvido por
CAPCOM CO., LTD.
Publicado por
CAPCOM CO., LTD.

Antes de começar vale a reflexão, se Dragon’s Dogma 2 não tivesse o número 2 que indica a continuação eu acreditaria que ele é uma ótimo remake do jogo original de 2012, de forma positiva. Assim que iniciei o jogo muitas lembranças do jogo original voltaram à minha mente. Desde as divertidíssimas sidequests, passando pelo sistema de combate em tempo real, assim como os bugs e problemas que por muito pouco não estragaram a experiência do jogo de modo geral.

Em Dragon’s Dogma 2 você comanda Arisen, um herói que destinado a governar e trazer paz ao reino de Vermund. A história começa quando os Arisen descobrem que existe um impostor no reino, o seu objetivo principal é expor o impostor e convencer os demais quem é o legítimo herdeiro de Vermund. Convenhamos, a história é bem simples, mas funciona muito bem permitindo que as missões secundárias do jogo brilhem, adicionando mais complexidade e variedade ao jogo.

Crédito: Divulgação/Capcom

Inclusive este é um dos pontos positivos do jogo, as missões secundárias se apresentam de forma muito natural, principalmente quando você está apenas passeando pela cidade. Em uma das várias viagens pelo mapa, cheguei em uma cidade e aproveitei para visitar o palácio. Entrando no local um dos servos me abordou e pediu ajuda para interceptar um assassino, eu ajudei, mas infelizmente falhei na missão e não conseguimos achar o assassino em tempo. Para minha surpresa a pessoa que morreu era ninguém mais, ninguém menos, do que a imperatriz. Momentos  como este adicionam uma camada extra de construção de universo de Dragon´s Dogma 2 e mantêm o jogador constantemente animado para saber o que vem a seguir.

Porém todas essas viagens desgastam, bastante, a paciência do jogador, porque as idas e vindas são muitas. As principais opções de viagens rápidas do jogo são as carroças e ferrystones. As carroças estão disponíveis nas cidades maiores, enquanto a ferrystone é um item consumíveis que permitem levar o jogador e sua party para qualquer lugar do mapa – porém é um item caro.

Crédito: Divulgação/Capcom

Embora proporcione um nível de imersão superior, isso era algo que me incomodava bastante no primeiro jogo, especialmente se você estiver tentando completar missões secundárias em regiões menores que não tenham o transporte da carroça. A viagem a pé não seria tão frustrante se o medido de resistência do Arisen não se esgotasse tão rapidamente quando o jogador está correndo. Esse foi um dos pontos que achei que poderia ter sido melhorado em relação ao jogo original, quem sabe trabalhar a barra de resistência apenas durante o combate seria uma boa ideia, mas infelizmente não é.

Aproveitando o gancho do combate, apesar de não ter muitas mudanças e melhorias em relação ao primeiro jogo, é um elemento que continua envolvente e desafiador. A grande variedade de classes que o jogador escolhe na criação do personagem, altera a forma como o combate se desenvolve, eu particularmente gostei mais do arqueiro e mago. Os feitiços dos magos são bem muito bem produzidos, o estalo dos relâmpagos e o fluxo das magias de gelo são super efetivas contra goblins e bandidos.

Crédito: Divulgação/Capcom

Algo interessante é a opção de mudar de vocação, experimentar e encontrar a que melhor se adapta ao seu estilo de jogo. A Lança Mística empunha uma lança mágica de lâmina dupla e realiza alguns movimentos acrobáticos interessantes, como pular no ar e bater a lança no chão.

O sistema de companion funciona muito bem. Eles são companheiros, como sugere o nome, controlados pela CPU para acompanhar e participar do combate ao lado do Arisen. Você pode criar seu próprio companion e/ou recrutar outros existentes para o seu grupo. Os companions podem ser localizados de diversas formas, seja passando por você no caminho de uma missão, ou até mesmo invocar companions que outros jogadores criaram, incluindo dos seus amigos. Embora Dragon´s Dogma 2 não possua um sistema multijogador direto e/ou cooperativo, esta mecânica é uma ótima maneira de fomentar a camaradagem e bom senso entre outros jogadores.

Crédito: Divulgação/Capcom

Diferentemente do primeiro jogo, Dragon’s Dogma 2 apresenta ao jogador um mundo verdadeiramente contínuo, um mundo aberto digno da franquia GTA, com pouquíssimas telas de carregamento, quando você abre o jogo ou recarrega um ponto de verificação anterior após morrer.

A melhoria visual é nítida, porém não é algo que salta aos olhos, a escolha por lançar apenas para os consoles nextgen foi acertada, porém às vezes parece que o jogo está rodando em um console da geração passada, porque claramente existe uma queda de frame rate e qualidade.

Crédito: Divulgação/Capcom

Embora os detalhes gráficos nas asas de um grifo gigantesco chame a atenção ou então as texturas da escama da pele de um maravilhoso dragão, bem como as cenas cinematográficas pré-renderizadas, o detalhamento dos ambientes e do modelo de personagem não acompanham o mesmo nível de qualidade. Às vezes, ocorrem alguns problemas técnicos, como a falha no carregamento das texturas, algo que deixa o jogo “feio”.

Eu não poderia deixar de exaltar a trilha sonora do jogo. Apesar de ser um jogo com forte inspiração ocidental, o que ouvimos é uma trilha sonora diversificada. Temos desde pianos suaves no menu principal até acordes de guitarras elétricas e cantos líricos épicos durante as batalhas. A variedade realmente impressiona, graças a curadoria apurada do diretor de som Ryo Yoshi e do compositor principal do jogo Satoshi Hori.

Vale a pena?

Dragon’s Dogma 2 evoluiu em diversos pontos, principalmente os técnicos, graças a RE Engine, porém outros pontos parecem estagnados no jogo original de 2012. Algumas mecânicas não evoluíram e como isso envolve gameplay é algo que incomoda. Ainda assim, de modo geral, o jogo é muito bom, principalmente na estrutura das missões secundárias e o combate. Resumindo, Dragon’s Dogma 2 manteve os aspectos mais fortes de seu antecessor, mas não conseguiu remediar as deficiências.

Esta análise só foi possível graças a Capcom Brasil e a Theogames que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para o Xbox Series X|S, PlayStation 5 e PC podendo ser adquirido por meio do nosso link afiliado ao final desta análise.

Análise – Dragon’s Dogma 2
Conclusão
Dragon’s Dogma 2 manteve os aspectos positivos do jogo anterior e melhorou muitos outros, porém falhou na questão do fast-travel e resistência do jogador. As idas e vindas das viagens são exaustivas demais para um jogo de mundo aberto tão expansivo.
Gráficos
8.5
Som
9
Jogabilidade
8
Diversão
8
Prós
Trilha sonora diversificada
Os companions são os melhores já feitos
Mundo aberto orgânico e gigantesco
Contras
Fast-travel limitado
A resistência do jogador se esgota rapidamente nas viagens a pé
8.5
Bom
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