Deliver Us Mars é a sequência direta do jogo de 2019 Deliver Us the Moon. Desenvolvido pela KeokeN Interactive e publicado pela Frontier Foundry. O jogo traz a continuação da história, sobre como o planeta Terra tenta sobreviver após uma crise energética global, que coloca o planeta em risco de extinção.
Jogabilidade
Deliver us Mars mantém a jogabilidade do primeiro jogo, com sua maior parte em 3ª pessoa, tendo momentos em 1ª pessoa, que são quando você controla o seu robô flutuante ou quando está nadando em alguns poucos momentos. Em relação ao anterior foi adicionado agora um equipamento de alpinismo, um par de machados de gelo, que te ajuda nas escaladas, no melhor estilo Tomb Raider, mas isso mais atrapalhou do que ajudou no game, as partes que envolvem essa mecânica são muito malfeitas e com muitos bugs. Eu fiquei preso por um bom tempo no capítulo 8 do jogo, simplesmente porque a mecânica de subir automático nas beiradas das partes de alpinismo não funcionou, tive que procurar um lugar em que ela se ativasse sozinha ou estaria preso lá até agora.
Esse elemento que poderia ser um diferencial positivo na jogabilidade acabou se tornando um pesadelo pro gameplay do jogo. Fora isso o jogo também adicionou um veículo terrestre que você em algumas partes para se locomover na superfície de Marte, no melhor estilo Mass Effect 1, ou seja, tão ruim quanto. Fora isso a jogabilidade é a mesma do antecessor, com puzzles envolvendo raios de luz e passagens que apenas seu companheiro robô pode passar, mas até mesmo esses puzzles não parecem tão inteligentes e legais quanto no jogo anterior.
Gráficos e design
Os gráficos no geral são razoáveis, sem grandes destaques, mas na construção dos personagens os gráficos parecem de jogos de 3DO, eu não lembro de ter visto modelos de rostos tão feios num jogo nos últimos anos, os cabelos são muito estranhos e os pelos faciais então, parecem feitos por uma criança usando giz de cera, as sobrancelhas e barba dos personagens são a coisa mais malfeita que eu já vi num game. Tendo em vista que o jogo tenta usar um visual foto realista, essa construção dos rostos dos personagens estraga e muito a imersão.
História e narrativa
A história de Deliver us Mars é seu ponto mais forte, você joga com Kathy Johanson, a ursinha lunar, como seu pai Isaac Johanson a chamava. Seu pai era um dos que fugiram da Lua com destino a Marte, sem autorização do comando da Terra. Agora após encontrarem um sinal vindo de marte, onde ela ouve seu pai falando Ursinha Lunar, ela se junta a sua irmã mais velha Claire, uma ferrenha opositora das ideias do pai e mais 1 casal de exploradores para missão Opera, que tenta buscar as Arcas que estavam na Lua e foram levadas para Marte e que podem resolver os problemas energéticos e climáticos da Terra. O dilema da sua personagem de cumprir a missão a que foi enviada ou ir atrás do pai norteara muito da trama, que tem outros personagens que enriquecem a narrativa.
Som e trilha sonora
A trilha sonora ao contrário do primeiro jogo, não da o clima aqui, ela é totalmente esquecível e não marcante, com destaque apenas para os efeitos sonoros que são de boa qualidade em sua maior parte.
Modos de jogo e valor replay
O jogo é apenas single player e você consegue terminar ele entre 6 e 8 horas, dependendo da sua vontade de ficar procurando colecionáveis, esses que são os únicos motivos para uma nova jornada nesse game, para miletar ou completar todos colecionáveis, se não, não há motivos para retornar a aventura de Kathy em Marte.
Vale a pena?
Deliver us Mars escorrega naquilo que garantiu o sucesso de Deliver us the Moon e entrega uma experiência abaixo do antecessor e cheia de bugs e falhas, que frustram e estragam a forma que você passa pela excelente história que o jogo tem.
Esta análise só foi possível graças a Frontier Foundry e a Forty Seven que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo em antecipação, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para o Xbox One e Xbox Series X|S, podendo ser adquirido por meio do nosso link afiliado ao final desta análise.