Análise – Dawn of the Monsters

Lançamento
15/03/2022
Desenvolvido por
13AM Games
Publicado por
WayForward

Antigamente, na era de ouro dos beat em ups, era comum os novos jogos do estilo tentarem seguir a formula de Double Dragon ou de Final Fight. Hoje em dia temos muitos beat em ups diferentes, com suas próprias fórmulas. E um que se destaca entre os novos é Dawn of the Monsters, beat em up de kaijus para até 2 jogadores. Desenvolvido pela 13 AM Games e publicado pela WayForward, que é uma produtora que já trouxe alguns dos melhores Beat em ups do mercado.

Alguns vão olhar para Dawn of the Monsters e lembrar, assim como eu, da série King of the Monsters, da SNK. Mas DoM leva a porradaria de Kaijus (Montros gigantes) a outro nível, sendo um Beat em up bem diferente dos demais. A começar pela história, que é séria e interessante, diferente da maioria dos jogos do gênero, onde a história é só um motivo qualquer pra sair dando bicuda em vagabundo nas ruas e muitas vezes sem um final muito coerente (eu sei que há exceções, mas são poucas.). Após entrar ou concluir uma fase, temos diálogos entre os personagens, além de terem cenas opcionais no menu principal. Apesar de estar empolgado com a porradaria diferenciada do jogo, é muito bacana ver os personagens interagindo, e as cenas são rápidas sem texto massivo. Além também de ser todo muito bem dublado. caso queira se aprofundar na lore do jogo, existe também existe uma Sala de Arquivos onde é possível ler diversos arquivos com informações do mundo do jogo.

A história começa quando monstros gigantes começaram a invadir a Terra, surgindo de dentro dela, como no filme Pacific Rim (Circulo de fogo). Eles começaram a surgir no Japão (sempre lá né? Rs) após a Terra passar por grandes mudanças climáticas. Para defender a humanidade destes monstros antigos conhecidos como Nephilim, é formada uma força tarefa global chamada DAWN (Defense Alliance Worldwide Network). Para defender a Terra, a DAWN possui 4 gigantes que são nossos personagens jogáveis. São eles:

 

Megadon –  Uma grande referencia a Godzilla, e é basicamente o personagem de golpes pesados do jogo. Além de golpes com muito impacto nos quais quando atingido não é interrompido, tem também ataques especiais de fogo que, além de serem bem destrutivos visualmente, causam montanhas de dano aos inimigos.

 

 

 

Ganira – Outro monstro gigante, mas sendo um monstro Marinho e também tem golpes com bastante impacto, mas tem mecanicas diferentes como o golpe que puxa os inimigos pra perto e os especiais de água. Sendo um que chama um minion, outro cria um escudo, e por fim um que faz uma bola de água estourar, causando dano a sua volta.

 

 

 

Aegis Prime – Notável referencia a Ultraman, sendo um homem que se transforma em um gigante defensor da terra. Além é claro de ter uma skin inspirada em Ultraman. Aegis é o mais rápido e com golpes mais fáceis de conectar uns com os outros e também com os especiais. Apesar de não causar tanto dano quanto Megadon, seus combos compensam bastante nesse ponto.

 

 

 

Tempest Gallahad – Robô gigante controlado por uma piloto via telecinese. É o gigante com maior alcance e com ataques mais estratégicos. Além de poder combar bastante de perto, é possível acertar inimigos de muito longe, colocar armadilha e até carregar os tiros especiais com choque. O que aumenta ainda mais o dano e causa um efeito de paralisia nos inimigos

 

 


O sistema de combate é composto por 6 botões: Ataque, Ataque pesado, Chute/Investida, Segurar/Agarrar, Esquiva e Bloqueio. É possível combinar ataques normais, pesados e misturar com o chute, com possibilidade até de bater em inimigos antes de caírem no chão, fazendo o que chamamos de juggle. Com o botão de segurar, é possível pegar prédios e arremessar nos inimigos, ou simplesmente bater. Existem outros objetos no chão que quando pegos é possível soltar projéteis também. O Ataque pesado é o único botão que pode ser carregado para soltar o Ataque Carregado, que geralmente causa muito mais dano. O ataque carregado pode ser executado sem nenhum comando anterior, e carregando o ataque novamente é possível um outro golpe diferente, que não precisa do primeiro ataque para ser ativado. Por exemplo: você pode dar um Ataque Pesado sem carregar e segurar o botão para que o próximo ataque seja um ataque carregado. E esse segundo ataque vai ser o mesmo golpe diferente daquele primeiro carregado.

Além disso o botão de segurar ativa a mecânica de executar inimigos quando estão quase morrendo. Ao executar um inimigo, é possível recuperar parte da vida e ativar diversos efeitos de aprimoramentos. E vale notar que é possível cancelar praticamente qualquer ação com a execução, o que dá bastante liberdade na jogabilidade e faz evitar erros.
Os botões de Esquiva e de Bloqueio são super importantes também. A esquiva é bem simples, deixando você escapar de ataques inimigos, as vezes cancelando algumas ações também. É possível fazer uma esquiva perfeita, ativando efeitos de aprimoramentos. Já o bloqueio, além de evitar danos massivos e impedir que você caia, caso seja acertado, é possível fazer um bloqueio perfeito causando um efeito de Aparar. Isso evita dano, tem uma recuperação rápida e dá vantagem no combate, além de também ativar efeitos de aprimoramentos.
Existe também comandos para ataques especiais que usam a barra de Rage, que é segurando o botão de defesa e apertando um dos 3 botões de ataque. Cada um custa 1 ou 2 pontos da barra de Rage, e gastando esses especiais, a barra de Cataclisma vai aumentando. O Cataclisma é o famoso especial “Arrasa quarteirão”, arrebentando tudo em uma área muito vasta e causando danos absurdos.

Todos esses botões funcionam de forma diferente de outros beat em ups. Mas o que são os aprimoramentos?

Os aprimoramentos são como cartas. Elas são desbloqueadas ao concluir as fases. No final de cada fase são apresentados 4 aprimoramentos diferentes, e você só pode escolher 2 deles para desbloquear. Dependendo de qual fase você está jogando, eles vem em níveis de categoria diferentes, além de terem atributos diversos. Além disso, a qualidade das categorias depende do ranking recebido ao concluir a fase.
Esses aprimoramentos possuem não só melhorias de diversos atributos, como também efeitos que são ativados com ações de combate. Tais como: Esquiva perfeita, Bloqueio perfeito, usar o 3º ataque normal, usar o ataque carregado 3, e alguns efeitos passivos como um de gerar Rage automaticamente. Além dos diversos efeitos possíveis e dos níveis deles, é possível refazer a rolagem dos atributos do aprimoramentos, para mudar os bônus em atributos. Mas quanto mais você faz isso, mais caro fica. Também é possível vender aprimoramentos para conseguir dinheiro, caso não queira ter um repetido, ou se for um aprimoramento que não seja necessário para sua estratégia.

E por falar em dinheiro, o uso dele é para upgrades de barras de Vida, Rage e Cataclisma. Além, é claro, das skins de personagens. São muitas skins disponíveis e fazem referencias a várias séries e filmes antigos, como Ultraman, Godzilla, Power Rangers, Evangelion, Spiderman, entre outros. Para desbloquear mais skins existem dois métodos: Um consiste em terminar uma sequência de 8 fases, o que garante 4 skins de uma vez. O outro método é conseguir ranking S+, garantindo uma skin extra por fase além de das outras 4 quando completa as 8 fases. Existe uma sequência de desbloqueio das skins, o que quer dizer que elas não estão atreladas a fases específicas. Após desbloquear todas, você passa a desbloquear imagens da galeria ao conseguir um ranking S+ nas fases posteriores.
Para conseguir ranking S+ não é uma tarefa fácil. É preciso ir derrotando inimigos sem perder o combo. Apesar de não ter um contador de combos, existe um modificador de pontuação a medida que inimigos são finalizados. Se você não perder o combo em nenhum dos pontos da fase e não morrer no processo, conseguirá o ranking S+. Porém se você fizer isso e morrer, existe checkpoint na fase, porém você conseguirá apenas o ranking S. E se caso perca o combo, mesmo que seja por conta de um único inimigo e não morra, seu ranking final será A. Caçar ranking, pode ser estressante quando você perde inimigos em um único ponto, tendo em vista que não existe “Retry” no menu. Forçando você a voltar para o início e carregar a fase tudo de novo. Passei por isso principalmente em 3 fases do Cairo, que os inimigos demoram muito para entrar na tela (bem comum no Cairo).

Por falar nas fases, elas são separadas por cidades de países diferentes. Começando por Toronto no Canadá, depois Foz do Iguaçu no Brasil/Argentina, Cairo no Egito e Tokyo no Japão. Cada cenário é bem diferente e possui várias referências de cada país. O Brasil foi muito bem retratado, tendo uma cidade linda e com referencias a Havaianas, Caixa, Renner, etc. Na arte conceitual existe até referencias políticas que podem gerar treta de ambos os lados do cenário  binário que vivemos hoje em dia. Além da cidade, a parte das águas ficou sensacional. Cada cenário tem suas grandes diferenças, como em Tokyo por exemplo é lotada de prédios grandes e dando uma sensação de um lugar mais evoluído tecnologicamente. Existem até torres gigantes, mas isso tudo é explicado na lore do jogo, claro.

No final de cada sequência de fases sempre vem um chefe gigante, cada um baseado em um elemento diferente. Cada um é bem diferente do outro e possuem diversos ataques, o que faz com que cada um precisa de uma estratégia diferente do outro para derrotar. Diferente dos inimigos normais, não é preciso manter um contador no nível máximo para conseguir ranking S+. Só é preciso derrota-lo dentro do tempo do ranking atual. Existe uma barra com um timer mostrando o ranking atual. Uma coisa que ficou faltando nas lutas com chefes é a possibilidade de executa-los.

Os gráficos do jogo são bem influenciados por Quadrinhos. O que eu já achei legal quando Streets of Rage 4 foi anunciado, novamente com Mayhem Brawler, e agora com Dawn of the Monsters. O que me deixa empolgado e quero muito que isso vire tendência. Os cenários são todos 3D no gráfico Cell Shading, enquanto inimigos e personagens principais são desenhados a mão (ao menos parecem ser). Algumas fases são meio escuras, mas nada demais, de forma geral o jogo é realmente muito bonito e com excelentes efeitos de luz nos monstros e nos golpes.

A trilha sonora apesar de não ser algo super marcante, são músicas que casam muito bem com os momentos de ação. Sã músicas eletrônicas que constroem muito bem o momento de tensão da pancadaria

Esta análise só foi possível graças a 13AM Games e a WayForward, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para  Xbox One, Xbox Series X|S e demais plataformas. E pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – Dawn of the Monsters
CONCLUSÃO
É um beat em up muito único e divertido, com uma história interessante, que prende a atenção do jogador.
Gráficos
10
Jogabilidade
10
Som
9
Diversão
10
Prós
Sistema de combo complexo e bem feito
Muitas referências a cultura pop
História bem escrita e interessante
Contras
Falta de uma opção "Retry" nas fases
9.8
Viciante
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