Análise – Big Rumble Boxing: Creed Champions

Lançamento
03/09/2021
Desenvolvido por
Survios, Inc.
Publicado por
Survios, Inc.

Por muitos anos, o boxe tem contribuído com vários jogos memoráveis: quem lembra do Boxing para o Atari 2600 em 1980? ou então o 4D Boxing para PC em 1991, Evander Holyfield´s Real Deal Boxing em 1992, o saudoso Super Punch-Out! do SNES em 1994 e até mais recentemente a franquia Fight Night da EA que começou em 2005 e perdurou até 2011 com o excelente Fight Night Champion.

Foram vários jogos que retrataram, em suas devidas épocas, a melhor experiência de um dos esportes mais antigos e apaixonantes que a humanidade já viu. Porém, com o aparecimento e ascensão do MMA (Vale Tudo) o Boxe viu seus dias de glória ficando para trás, não apenas na popularidade dos campeões mas principalmente pelas lutas transmitidas pela TV. Isso também impactou os jogos de um modo geral, tanto é que a EA que não é boba aposentou a franquia Fight Night e apostou nos jogos de MMA com a franquia EA UFC, que atualmente encontra-se no quarto jogo da série.

Frase eternizada na franquia, Rocky Balboa é mito demais!

Porém os desenvolvedores indie, sempre eles, conseguem resgatar nossa nostalgia entregando jogos únicos, que nos fazem voltar no tempo e sentir aquela sensação gostosa de revisitar um clássico com nova roupagem, comandos aprimorados, gráficos melhores, mas sem perder a originalidade. Hoje trago para vocês a análise do Big Rumble Boxing: Creed Champions, um jogo que une o melhor de dois mundos, a pegada anos 90 dos jogos de boxe com o tempero especial de uma das maiores franquias de filmes de boxe, Rocky um Lutador!

O universo Rocky representado

Quando você começa a assistir um filme do Rocky qual é a primeira coisa que vem na sua mente? Eu não sei vocês, mas pra mim é a trilha sonora do Survivor – Eye of the Tiger, e para nosso deleite logo no primeiro treino após o fim da primeira luta lá está ela tocando de fundo a plenos pulmões.

Quem ai lembra do Mister T do Esquadrão Classe A, ele foi o algoz de Rocky no terceiro filme.

Porém as surpresas não param por ai: diferentemente de outros jogos que oferecem uma experiência baseada em um grande franquia e não entregam, Big Rumble Boxing: Creed Champions entrega ao jogador não apenas os lutadores da franquia antiga quanto a atual, que leva o nome do jogo. Rocky Balboa e Adonis Creed são os principais lutadores que logo no início estão liberados, conforme você avança na história de cada um você vai liberando novos lutadores como Apollo Creed, Ivan & Viktor Drago, e Clubber Lang.

Os cenários das lutas, tirando algumas viagens, também estão muito bem representados, temos o Ginásio do Mick, Wallcott Bowl, Ginásio do Delphi´s, Mathes Hall e muito mais. Algumas arenas são genéricas, acredito que assim como alguns lutadores que não aparecem (Mick e Tommy Gun) devem ter o problema de licença de uso, mas nada que atrapalhe a diversão.

Visual característico da série

A parte visual, dentro das limitações da produtora, ficou bem parecida com o que vimos nos filmes, os lutadores tem um estilo cartunesco que se assemelha aos atores reais. As arenas também tem uma ambientação muito bem feita, não é perfeita, como disse acima muitas delas são fictícias e não existem nos filmes, mas de modo geral são muito boas.

Dolph Lundgren eternizou o incrível Ivan Dragon, pobre Apollo Creed!

O jogo utiliza como motor gráfico a Unreal Engine, o que garante uma qualidade relativamente boa dos gráficos, é possível ver o cuidado dos programadores nas animações, tanto dos lutadores quanto das arenas e demais detalhes externos. Talvez se tivéssemos algumas conexões com partes dos filmes originais ficaria mais interessante, servindo até mesmo como divulgação dos filmes para os mais jovens que ainda não conhecem.

Jogabilidade poderia ser melhor

Os comandos de Big Rumble Boxing: Creed Champions são bons, mas poderiam ser melhores. Basicamente você utiliza o X e Y para realizar sequências e combos, B para agarrar, A para esquivar e os gatilhos para acionar os golpes finais. A combinação rende ótimos combos, que vão ser cruciais em determinados momentos da luta, principalmente para quebrar a guarda do adversário.

Não é fácil encaixar um super golpe, mas quando pega é NOCAUTE na certa.

Porém, o grande problema aqui é a falta de critério na hora de aplicar uma sequência mais trabalhada e principalmente quem lança o golpe especial primeiro. Por várias vezes eu esperei carregar o especial e lancei ele primeiro, porém o adversário que lançou depois não apenas quebrava a sequencia como acertava o especial, falta uma correção nesta parte.

Modos de jogo arroz com feijão

O jogo apesar de bem produzido é extremamente simples, no total são três modos, entre eles estão o Arcade, que é equivalente a uma campanha, onde você escolhe o lutador e conhece a história dele; temos também o modo Versus, onde é possível desafiar o oponente selecionando os lutadores e arenas de forma personalizada, aqui é possível enfrentar a IA ou um amigo na mesma tela; até o momento o jogo não possui multiplayer online. Finalizando, temos o modo Treino, que como sugere serve para você aperfeiçoar sua técnica com treinos básicos e avançados, este é um modo muito bom para conhecer os golpes dos lutadores.

Como disse o jogo é bem simples, até demais, mas ainda sim diverte bastante.

Muitos dos lutadores extras que de início não estão disponíveis, podem ser desbloqueados cumprindo desafios do modo Versus ou então finalizando a história deles no modo Arcade. Alguns são fáceis, outros nem tanto, mas vale a pena se esforçar para desbloquear feras como Clubber Lang, Ivan Drago e Apollo Creed.

Trilha sonora quebra o galho

Como disse no começo da análise a trilha sonora incorpora a música clássica da franquia Rocky, Eye of the Tiger da banda Survivor, também temos outras músicas estilo RAP do filme Creed e mais algumas canções aleatórias que servem para entreter as batalhas e cut-scenes.

Eu fiquei pensando: porque apenas uma música famosa está presente no jogo? A trilogia original possui inúmeros outros hits de sucesso que poderiam facilmente estar presente no jogo, porém mais uma vez eu acredito que seja por limitações de licença. Uma pena porque poderia agregar muito mais valor se tivesse uma trilha sonora mais encorpada.

Afinal de contas, vale a pena?

Se você, assim como eu, é fã da franquia de filmes eu diria que vale a pena! Mesmo sendo um jogo extremamente simples é impossível não se empolgar com as lutas entre os protagonistas. Se você não conhece a franquia de filmes, eu acho difícil, talvez o jogo não chame muita atenção, mas ainda sim eu continuo recomendando a compra.

Na atual escassez de jogos de boxe para os consoles, Big Rumble Boxing: Creed Champions é uma ótima opção para matar a saudade dos jogos antigos, porém com uma nova roupagem, e quem sabe até conhecer a maior franquia de filmes de boxe já produzidos, o garanhão italiano Rocky Balboa.

Esta análise só foi possível graças a Survios e a BHImpact, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – Big Rumble Boxing: Creed Champions
Conclusão
Big Rumble Boxing: Creed Champions é um daqueles jogos que te entrega muito no começo e empolga, porém fica devendo no final por falta de orçamento. É um bom jogo, mas poderia ser melhor se tivesse mais conteúdo da franquia de filmes.
Gráficos
8
Som
7
Jogabilidade
7
Diversão
8
Prós
Boa ambientação
Personagens carismáticos
Universo Rocky
It's the eye of the tigeeerrrr
Contras
Falta de critério na aplicação dos golpes especiais
Ausência de conteúdo da franquia original
Diálogos apenas em texto
7.5
Bom
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