The Blackout Club é a materialização digital daquelas brincadeiras de detetive da nossa época de criança, com o diferencial que as brincadeiras não eram repetitivas.
The Blackout Club é um jogo de terror em primeira pessoa que pode ser jogado no modo solo ou cooperativo online. O objetivo principal é resgatar nosso amigo que desapareceu misteriosamente e descobrir o que se passa na cidade durante a noite.
Sabe-se que a cidade é assombrada por uma espécie de “entidade espiritual” que controla os adultos durante a noite, tornando-os sonâmbulos hostis perante a presença de qualquer estranho que não esteja sob controle da entidade.
Nesta aventura de esconde-esconde temos ao nosso dispor alguns equipamentos que vão auxiliar na difícil tarefa de passar desapercebido pelos sonâmbulos, como sprays, pistolas laser e muitas outras engenhocas. Mas não se engane, pois a melhor forma de explorar e colher provas do mistério é sendo furtivo, pois estes itens não vão salvá-lo.
Um dos nossos maiores aliados é o celular, com ele o personagem registra pistas e outras informações relevantes para resolver o mistério. Todos os membros do clube tem lapsos de memória e o celular torna-se essencial na tarefa de ajudar a juntar as peças do quebra-cabeça e salvar nosso amigo desaparecido.
Logo no início da aventura somos orientados (não é obrigatório mas vale a pena) a jogar um prólogo para entender as mecânicas de The Blackout Club, uma espécie de tutorial. Nele assumimos o controle de um dos membros do clube que está sozinho em casa falando normalmente com os pais no celular, até que misteriosamente tudo muda.
O personagem é colocado em uma realidade alternativa, aparentemente estamos sonhando e algo dentro da casa está atrás de nós. A partir deste exato momento o jogo apresenta sua principal mecânica, FECHE OS OLHOS!
Esta é uma ação que será utilizada com muita frequência no decorrer da aventura, ver mensagens, figuras e o mais importante, os “inimigos”. Após a conclusão do prólogo será possível criar o seu personagem do clube e começar a aventura de fato, seja a partir de um lobby ou unindo-se a outros clubes já existentes.
A evolução do personagem foi muito bem construída, conforme a história em The Blackout Club avança somos recompensados com XP que pode ser investido em melhorias que moldam sua especialidade de busca e poderes. As perks de evolução são variadas, vão desde criar distrações para atrais os sonâmbulos até uma barra de vida mais extensa. Porém o mais interessante é quando suas perks e dos demais membros do clube são utilizadas em conjunto, a progressão fica mais divertida.
Até aqui tudo combina perfeitamente bem, porém ao começar a exploração de fato, a jogabilidade mostra o quão ela deixa a desejar. Movimentos simples como subir e descer escadas, além de serem mal executados, podem causar travamentos e bloqueios no cenário, sendo necessário (em muitas vezes) a reinicialização do console.
Outro problema grave em The Blackout Club que reflete diretamente em um dos nossos critérios de avaliação (diversão) é a repetição de missões. Elas não são contextualizadamente iguais, porém a essência de execução é sempre a mesma, tornando-se chato e cansativo. Por fim temos um enredo totalmente randômico, sem qualquer vínculo com as missões, muito diferente do que foi apresentado no prólogo.
Graficamente The Blackout Club cumpre seu papel no que se propõe, linhas básicas de animação, mescladas com imagens e vídeos reais. A parte sonora talvez seja um dos poucos pontos técnicos que se destacam dos demais, a trilha sonora possui fortes inspirações nos thrillers clássicos de terror, os efeitos sonoros também são bem aplicados nos diversos picos de tensão durante a aventura, causando sustos inesperados.
Agradecimento especial a Question Games que cedeu uma cópia de avaliação, The Blackout Club está disponível na Microsoft Store para compra imediata.