O reino de Urralia se foi, totalmente aniquilado por uma divindade sombria. Apenas o Augúrio (você) pode reviver e mudar a história do último dia de Urralia, este é o pano de fundo por trás da história de Omensight.
Conforme o jogador desvenda os mistérios e avança na história, o jogo nos apresenta uma incrível conspiração acompanhada de um desfecho surpreendente e recompensador. As muitas reviravoltas no enredo do jogo deixam a experiência ainda mais especial.
Se você curte um hack´n´slash com pitadas de investigação e elementos RPG, este jogo te prenderá por muitas horas. Mesmo utilizando um estilo clássico, o enredo e carisma dos personagens fazem de Omensight uma ótima opção de diversão.
Um estilo clássico reinventado
Essencialmente Omensight é um jogo de ação hack´n´slash, a Spearhead Games claramente buscou inspirações em outros jogos do gênero para criar uma experiência única para os combates, porém eles foram além. Além do ótimo combate o jogo apresenta ao jogador uma mecânica de investigação semelhante a outro título do estúdio, Stories: The Path of Destinies. Estes quebra-cabeças levam o jogador a investigar o ambiente afim de resolver os mistérios por trás dos personagens secundários.
Os dados coletados ficam reunidos em uma espécie de painel de pistas que ajudam o jogador a compreender melhor a história e descobrir quais evidências ainda não foram descobertas e coletadas. Este mesmo painel permite a mudança de nível de dificuldade e melhorias na arvore de habilidades do Harbinger.
Outro item muito importante que o jogador deve prestar atenção são as Memórias, elementos que moldam a história dos personagens secundários do jogos. Para encontrar estas memórias o jogadores precisa vasculhar minuciosamente o ambiente atrás de portas secretas e areas escondidas.
Um dos principais recursos utilizados em Omensight é a viajem no tempo, muitos outros jogos já utilizaram este tipo de recurso, porém nem sempre o resultado é satisfatório, muito pelo contrário na maioria das vezes a experiência é maçante e repetitiva.
Manter um propósito aliado a diversão é difícil, ainda mais quando tal elemento (volta no tempo) é parte essencial da obra. A maestria da Spearhead em conseguir criar uma fórmula que aprimore esses elementos e torne tudo desafiador é simplesmente épico.
Grande parte deste sucesso vem de um roteiro muito bem elaborado, onde cada ramificação incentiva a curiosidade em se aprofundar na história. As transições do tempo tornam aliados em inimigos e vice-versa num piscar de olhos.
O visual do jogo é muito bonito e detalhado, as cenas de ação são recheadas de luzes e rastros conforme Augúrio realiza combos e finalizações. Enquanto investigamos os ambiente vemos cenários ricos em detalhes esculpidos criando uma imersão total. A direção de arte de Omensight é fantástica, o estilo cartoon adotado pela Spearhead para a criação dos personagens e cenários, remetem nosso subconsciente a mundos fantasiosos de histórias inimagináveis.
O único ponto que talvez não tenha atingido o mesmo patamar de excelência dos demais é a trilha sonora, não podemos dizer que ela é ruim, longe disso, ela consegue se mostrar relevante e bem trabalhada em muitos pontos chave da trama.
Em momentos que você está na prisão, a música tem um tom melancólica, quando Augúrio está no santuário da Árvore do Mundo o som assume uma atmosfera sagrada etc. A trilha sonora de Omensight tem altos e baixos, em determinados momentos pode ser sufocante e grandiosa, mas outros momentos ela se faz inexistente.