Análise – Simon The Sorcerer: Origins

Lançamento
27/10/2025
Desenvolvido por
Smallthing Studios
Publicado por
ININ Games

A Volta do Bruxo Mais Marrento!

Diferente da maioria dos gamers que cresceram com SNES, Mega Drive ou o PlayStation original, minha jornada nos games foi um pouco diferente. Meu primeiríssimo console foi um BBC Micro (sim, sou das antigas!), mas meu primeiro amor de verdade foi meu Amiga 600+. Naquele monstrinho, eu e meu irmão mais novo jogávamos de tudo, mas uma das minhas paixões desde cedo eram os jogos de aventura point and click.

Clássicos dos clássicos tipo Monkey Island, Indiana Jones e a Última Cruzada – eu não dava pra largar! Mas um dos meus favoritos, o brabo, cheio de tiradas e marra, era o Simon the Sorcerer, lá da Adventure Soft, do Reino Unido. Agora, depois de um tempão sumido do mapa e com a benção do criador original, a série tá de volta com um prequel! E o melhor: trouxeram de volta o Chris Barrie (o famoso Rimmer de Red Dwarf), que foi a voz original do Simon na versão de CD-ROM. A pergunta que não quer calar é: será que mandaram bem? É um retorno triunfal pra franquia ou vai ser tipo Simon the Sorcerer 3D, que a gente prefere nem comentar? Bora descobrir na nossa análise de Simon The Sorcerer: Origins!

Uma Nova Aventura

Dessa vez, o desenvolvimento de Simon The Sorcerer: Origins tá nas mãos da Smallthings Studios, uma galera italiana, e já vou soltar logo de cara: se você tava preocupado se o humor britânico seco da série ia ser mantido, pode ficar tranquilo! Eles fizeram um trabalho muito sólido aqui, e tirando umas coisinhas menores, é um retorno que vale a pena pra um personagem e um tipo de jogo que eu curtia demais.

Crédito: Divulgação/Smallthing Studios

Como é um prequel, a história começa lá em 1993, e nosso querido Simon tá na bad na escola e se mudando pra uma casa nova com a mãe dele. Ele não tá nem um pouco feliz com a situação, e depois de um tutorial rapidinho, somos jogados em outro mundo do nada, graças a um portal mágico que aparece convenientemente.

O tutorial em si te ensina o básico dos sistemas do jogo. A simplificação e a otimização do sistema point and click padrão não são nada ruins, mesmo pra galera mais purista. Aquela lista gigante de ações tipo empurrar, puxar, vestir, olhar, falar e etc., sumiu. Agora, as coisas são um pouco mais contextuais.

No Controle

Eu joguei o game tanto no Xbox Series X quanto no PC, e pra galera purista que só joga esse tipo de título no mouse, essa otimização ainda rola, embora você ainda vá ter que dar double click pra fazer o Simon se mover mais rápido. No controle, não tem cursor móvel. Você move o Simon com o analógico esquerdo, e pode segurar o gatilho esquerdo pra destacar os “hotspots” (pontos de interesse) no cenário (o Tab faz a mesma coisa no PC). Depois de segurar, você pode interagir e trocar entre eles com os botões de ombro, e dá pra combinar itens, além de interagir com o próprio Simon.

Crédito: Divulgação/Smallthing Studios

Em termos de história, logo depois de cairmos no portal roxo brilhante, a gente encontra nosso mentor, o sábio mago Calypso, que nos conta sobre uma profecia. “Uma criança atrevida de outro mundo ajudará a encontrar os tomos do Primeiro Mago”. Aí tá nosso Mcguffin, e ele funciona bem o suficiente pra fazer a trama andar.

O vilãozão da série, Sordid, tá de volta, mas ele não tá exatamente como você se lembra – afinal, é um prequel, né? Também tem outros personagens conhecidos voltando, incluindo um belo “ensopado da amizade” e, claro, o doguinho fiel do Simon, o Chippy.

O próprio Simon tá mais Simon do que nunca, sarcástico e cheio de tiradas, e a dublagem do Chris Barrie tá tão boa quanto a gente esperava. Como Simon, você vai roubar grana da caixinha da igreja, se recusar a descongelar um aluno mágico porque ele “fica mais style assim” e reclamar horrores pro jogador por ser obrigado a fazer coisas que ele não quer. Em um momento, a gente força o Simon a ler e aprender uma língua mágica complicada – ele não curtiu muito.

Você é um bruxo, Simon!

Como em qualquer bom jogo de aventura, ao longo de umas 10 horinhas de jogo, a gente vai coletar itens, resolver puzzles e explorar diferentes lugares. Dentro do nosso chapéu mágico, teremos um diário mágico que vai mostrar nossos objetivos, e também um mapa, pra gente poder usar o fast travel pra outros locais. O mais engraçado é que a gente coloca um pin no mapa que cai no mundo real, o que foi bem divertido.

Crédito: Divulgação/Smallthing Studios

Falar, mostrar ou compartilhar muito mais seria dar spoiler da história, então me limitei a falar do começo do jogo e de andar por aí. O que posso dizer é que a equipe da Smallthings Studios não ficou de boa e inovaram um pouco com Simon the Sorcerer: Origins. Eles adicionaram algumas mecânicas novas que te fazem quebrar a cabeça um pouquinho.

Assim como na maioria dos jogos de aventura point and click, você vai resolver puzzles e pensar logicamente nas soluções. A maioria dos puzzles faz bastante sentido nessa abordagem, e graças a Deus não tem nada tão irritante quanto “Vestir Cachorro” de Simon the Sorcerer II. (Aquele puzzle sempre me irritava porque o Simon era péssimo em magia, e a solução era que ele do nada conseguia transformar um cachorro num par de chinelos furtivos e silenciosos.)

Crédito: Divulgação/Smallthing Studios

Em Simon the Sorcerer: Origins, o Simon vai poder aprender magias e até desbloquear diferentes versões do seu chapéu mágico que guarda o inventário, e que, por sua vez, afetam alguns dos objetos dentro dele. Isso dá uma temperada a mais nas coisas e, no geral, acho que eles mandaram muito bem com essa mecânica.

Vale a pena?

Tenho umas coisinhas menores que me incomodaram. Nunca fui muito fã do novo estilo de arte, que apesar da maior fidelidade, ainda parece um pouco menos detalhado que os jogos pixelados da minha infância. Da mesma forma, uma sequência final bem no fim do jogo começou a ficar meio repetitiva, mas os desenvolvedores logo me ganharam com uma referência legal àquela mesma infância de novo, e por isso, não dá pra reclamar muito de Simon the Sorcerer: Origins.

Joguei feliz da vida e curti demais Simon the Sorcerer: Origins, e pra quem é fã da série, esse é um retorno genuinamente muito massa pra esse anti-herói dos jogos de aventura dos anos 90. Em muitos aspectos, parece que foi feito por um grupo de fãs que amavam esses clássicos, e por isso, é feito com bastante cuidado e paixão. Tomara que façam outro!

Esta análise só foi possível graças a Smallthing Studios e a ININ Games que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para o Xbox, PlayStation 5 e PC podendo ser adquirido por meio do link ao final desta análise.

Análise – Simon The Sorcerer: Origins
Conclusão
Para aqueles que são fãs da franquia, esse é um retorno genuinamente muito bem vindo. Em muitos aspectos, parece que foi feito por um grupo de fãs que amavam esses clássicos, e por isso, é feito com bastante cuidado e paixão.
Gráficos
7.8
Som
8
Jogabilidade
8
Diversão
10
Prós
Roteiro e dublagem hilários
Retorno triunfal de uma franquia clássica
Puzzles que fazem a cabeça fritar
Mecânicas novas funcionam bem
Contras
Estilo de arte não me agradou
Uma sequência final meio arrastada
8.5
Ótimo
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