Análise – Tinykin

LANÇAMENTO
30/08/2022
DESENVOLVIDO POR
Splashteam
PUBLICADO POR
tinyBuild

Em 1989 foi lançado nos Estados Unidos o filme Querida, Encolhi as Crianças. Lembro-me da primeira vez que assisti ao filme em VHS. Foi uma experiência assustadora e incrível ao mesmo tempo.

No filme o cientista Wayne Szalinski (interpretado pelo ator Rick Moranes) acaba encolhendo por acidente os filhos e dois meninos da vizinhança. Após o ocorrido, os personagens precisam sobreviver e encontrar uma maneira de se comunicar com o cientista, para que todos possam voltar ao tamanho normal.

Esse filme marcou a minha infância e de muitas outras crianças da época. Eu ficava me imaginando no lugar daqueles personagens, tendo que passar por tudo aquilo que eles passaram. O filme é antigo, mas até hoje gosto da forma como ele retratou o mundo real na visão daquelas pessoas encolhidas.

Cena do filme Querida, Encolhi as Crianças

Tinykin me deu a possibilidade de ter uma incrível aventura próxima ao filme de 89. No game controlamos o personagem Milo, um arqueólogo e pesquisador. Ele vive no planeta Égide, tido como o planeta natal dos seres humanos. O personagem, em uma de suas pesquisas sobre a origem dos seres humanos, encontra um sinal misterioso em outra galáxia e resolve viajar para investigar o lugar.

Ao chegar ao planeta do sinal, que parece ser a Terra, ele descobre que está do tamanho de um inseto e que tudo ao seu redor data da década de 1990.

Milo e seus companheiros Tinykins

Os Tinykin

Os Tinykins são criaturas incríveis que ajudarão o protagonista a superar as dificuldades que o pesquisador enfrentará durante a sua jornada. Temos cinco tipos: rosa, azul, amarelo, vermelho e verde. Cada um deles possui uma habilidade diferente.

Alguns são perdidos na medida que usamos, como os vermelhos explosivos. Outros permanecem com o protagonista, como os rosas que emprestam sua força ao carregar objetos grandes.

As criaturas são restritas ao local que você está, ou seja, as que você descobriu em um ambiente serão usados apenas naquele ambiente, não sendo possível acumular Tinykins para serem levados para outros cômodos da casa.

Esse game lembra um pouco o jogo Pikmin da Nintendo. A diferença está na forma como os pequenos seres são usados. No caso do título da companhia japonesa as criaturas, no caso os pikmins, são usados para superar obstáculos e enfrentar inimigos. Já no Tinykin, eles são usados apenas para superar as dificuldades impostas pelo ambiente, não havendo qualquer tipo de combate.

Os pikimins

Jogabilidade viciante

A primeira coisa que preciso comentar é que esse jogo atende o público que quer apenas se divertir passando pelas fases. Ele atende também os desejosos por platinas, com objetivos simples, sem complicações desnecessárias, tornando-a a busca por todos os colecionáveis do game em algo extremamente satisfatório.

A parte visual do game é um show à parte. Os personagens estão numa perspectiva 2D, por assim dizer, parecendo um papel. Já o cenário está totalmente em 3D. Quando vi o trailer de lançamento do game eu achei estranho, confesso, mas assim que iniciei a minha jogatina, me apaixonei pela direção de arte desse game.

Personagens 2D em um ambiente 3D

Os cômodos são detalhados e passam um sentimento de que aquele lugar poderia ser real. Todas as vezes que eu chegava em um ambiente novo, me sentia perdido com o tamanho do espaço. Felizmente o level design do título faz com que o jogador, posso falar por mim, observe e memorize rapidamente referências daquele cenário. Mesmo não havendo um mapa, eu me sentia confortado indo de um ponto ao outro.

Pelo fato dos estágios serem grandes, os desenvolvedores criaram um meio de transporte rápido, que não só facilita a movimentação do nosso personagem, como também é um elemento importante na execução de algumas tarefas. É uma espécie de prancha que desliza pelo chão ou pelas linhas de seda, levando o protagonista para qualquer lugar.

A prancha é uma opção de deslocamento rápido

Outro item que complementa essa jogabilidade é a habilidade de planar. Ela pode ser melhorada ao executarmos alguns objetivos no jogo e é executada quando combinada com o pulo. O meu único porém com relação ao Tinykin é a mecânica de pulo, que parece estranha no game, como se a gravidade do ambiente puxasse o personagem com uma grande força.

Essa questão do pulo não atrapalhou a minha experiência e nem estragará a sua. É uma questão de costume, depois de alguns pulos você dominará o timing dessa mecânica e desbravará todos os lugares que o jogo oferece.

A parte sonora não deixa a desejar, dando ao jogador uma sonoridade suave, relaxante e que muitas das vezes eu esquecia que estava lá. O esquecer no caso não tem relação com a música ser repetitiva ou ruim, pelo contrário, ela se fundia ao ambiente de uma maneira tão interessante, que a única coisa que eu queria no momento era explorar, explorar e explorar ao som daquela trilha sonora.

Parte de uma das belíssimas animações do jogo

Ainda com relação a parte visual, temos cutscenes maravilhosamente animadas. A impressão que dava, que eu estava vendo um desenho animado. É difícil dizer algo negativo desse jogo.

Uma das abas do menu com várias informações do jogo

Vale a pena?

Só por estar no gamepass já vale muito a pena. Os motivos para eu recomendar esse jogo não param por aí, mesmo que você não seja um assinante desse maravilhoso serviço, recomendo demais que compre o game e jogue com o seu filho, neto, esposa, etc.

O título está totalmente localizado no nosso idioma, com piadas interessantes que você provavelmente dará risada. Além disso, o jogo é cativante do início ao fim e ele te manterá entretido até o final. Faz tempo que eu não me empolgo com um jogo, o Tinykin conseguiu fazer isso comigo. Não é à toa que fiz questão de miletar (pegar todas as conquistas) o game no meu Xbox One.

O game custa R$92,45 na Microsoft Store, mas se você for assinante do Game Pass, basta baixar e se divertir. O jogo foi desenvolvido pelo estúdio francês Splashteam e publicado pela editora tinyBuild.

Esta análise só foi possível graças a Splashteam e tinyBuild, que gentilmente nos disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – Tinykin
Conclusão
Tinykin é um jogo leve, divertido e muito viciante. Você sentirá uma vontade enorme de explorar cada centímetro dos ambientes disponíveis no jogo.
Gráficos
10
Jogabilidade
10
Som
10
Diversão
10
Prós
Direção de arte
Localização para o português
Level desing dos cenários
Objetivos claros e uma quantidade justa de colecionáveis
Trilha sonora
Contras
Nenhum, zero, nadica...
10
Insano
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