O idealizador do Summer Game Fest e do The Game Awards é responsável por “Democratizar” os eventos de jogos.
A poucas horas de começar os grandes shows que marcam o início do Summer Game Fest, Keighley concedeu uma entrevista para o site The Loadout, onde falou sobre muitas coisas, principalmente sobre a democratização dos eventos de jogos.
O apresentador resalta que sempre participou das edições presenciais da E3 desde 1995, porém tem presenciado que o evento vem cada vez mais perdendo relevância entre os consumidores e a indústria de jogos.
“A E3 acabou tendo um problema de participação, onde muitas das grandes empresas não estavam indo”, diz Keighley. “Lembro que em 2020, o ano do lançamento do PlayStation 5 e do novo Xbox, a Sony não estar presente é um grande desfalque para a E3 quando o PS5 era um objeto de desejo. Então, acho que é sempre difícil para mim porque amo o que a E3 representou, mas acho que a E3 não é a verdadeira E3 há muitos anos.”
Desde sua primeira edição em 1995 a E3 sempre foi um evento presencial e comercial, voltado para empresas e não para os consumidores. Isso começou a mudar em 2017 quando o evento foi aberto ao público geral, não apenas as empresas. Porém para participar o público precisava pagar, e não era barato, principalmente para aqueles que não residem nos EUA, especificamente Los Angeles onde o evento é realizado.
O principal argumento de Keighley para afirmar que o Summer Game Fest e o The Game Awards são mais democráticos é justamente pelo seu formato híbrido, que permite as pessoas participarem presencialmente ou assistindo gratuitamente em qualquer dispositivo que tenha acesso a internet. Porém ele deixa claro que os eventos não se rivalizam, muito pelo contrário, eles se completam e podem coexistir no mesmo local e período.
“Nós temos um formato diferente de comunicar novidades para os fãs, e acho mais eficiente. Então, sim, é um formato diferente, mas não o vejo necessariamente substituindo o E3. Eu acho que nossos shows são mais digitais e mais globais. E isso é algo que tem sido um benefício para nós.”
O apresentador ainda explica que para isso ser viável é necessário investimento externo, ou seja, as propagandas e patrocínios. Mesmo sendo alvo de críticas sobre o excesso de publicidade nos shows, Keighley tem certeza de que as empresas estão investindo seus orçamentos de marketing em algo que vai gerar retorno, então o resultado é positivo, para ambos.
Porém o ponto principal da entrevista é que mesmo soando um pouco demagogo, o apresentador acredita que seu evento é mais global, levando a informação para o público de forma instantânea e democrática.
“Eu sempre tento pensar no garoto em Estocolmo, Suécia, ou nos arredores da Alemanha, que provavelmente nunca vai ter a oportunidade de ir a uma E3, mas quer se sentir parte de algo. E democratizar essa experiência é muito importante.”
Para conferir a entrevista completa com o idealizador do Summer Game Fest e The Game Awards, Geoff Keighley clique aqui. Está em inglês!
