Análise – NHL 22

Lançamento
15/10/2021
Desenvolvido por
EA Vancouver
Publicado por
Electronic Arts

De todos os jogos de esporte que a EA produz, a franquia NHL sempre foi (e acredito que continuará sendo) o patinho feio, aquele jogo que sempre é o último a receber as novidades, melhorias etc.

Após Madden e FIFA receberem atualização do motor gráfico para entrar de vez na NOVA GERAÇÃO, chegou a vez da franquia NHL receber o motor gráfico FROSTBITE e mostrar evolução.

Desde que foi anunciado, os produtores de NHL 22 prometeram trazer novidades para dentro do gelo, um novo gameplay, um novo motor gráfico (Frostbite) e consequentemente uma experiência muito mais realista e imersiva.

Com gráficos aprimorados graças a engine Frostbite, NHL 22 ganha novo fôlego.

Pois bem, NHL 22 foi lançado e boa parte do que foi prometido foi cumprido, porém outra grande parte apenas foi requentada dos jogos anteriores e inseridos dentro do novo motor gráfico. Confira nossa análise de NHL 22.

Um NHL de cara nova e algumas novidades

O que todos os fãs aguardavam finalmente aconteceu, a EA implementou a engine Frostbite no NHL 22. A atualização de um novo motor gráfico sempre traz melhorias positivas para um jogo, não apenas no aspecto visual mas principalmente no gameplay.

A parte visual de NHL 22 foi nitidamente aprimorada, melhorias no sistema de iluminação refletem praticamente tudo dentro das arenas, desde as viseiras dos jogadores, paredes de vidro das arenas, o piso de gelo e muito mais.

Nível de detalhe dos jogadores e arenas ficou mais bonito e dinâmico.

As arenas agora parecem um coração pulsante, recheada de detalhes que antes eram impossíveis de reproduzir. Os jogadores estão mais detalhados, as partes do uniforme estão mais detalhadas, desde as costuras das camisas até a lâmina dos patins.

A interação com os jogadores também melhorou, o atrito e a fluidez da movimentação parece muito mais orgânico. O rosto dos jogadores está mais detalhado, os olhos agora acompanham a movimentação das ações que acontecem ao seu redor, seja na movimentação do puck, a passagem de outros jogadores, etc.

O gameplay da movimentação com ou sem os sticks ficou mais real, roubar o puck não é uma tarefa fácil, seja utilizando o stick ou dando um hit no adversário. É possível “sentir” a potência do hit, a velocidade dos contra-ataques e principalmente o desgaste do gelo durante a partida.

Os jogadores com X-Factor podem mudar o rumo da partida em segundos.

Migrado da franquia Madden, agora nós temos a tecnologia X-Factor. O novo recurso proporciona que alguns jogadores, que têm habilidades especiais, possam ter um rendimento melhor durante a partida dependendo da situação. De modo geral é o que geralmente temos em qualquer tipo de jogo onde o jogador estrela da equipe assume a responsabilidade para decidir a partida.

Confesso que a ideia é interessante, mas nas minhas partidas o X-Factor não foi um fator 100% decisivo, ele auxilia em muitas situações mas não conforme divulgado. Muitas vezes as partidas são decididas no trabalho coletivo. Quando temos um goleiro que utiliza o X-Factor é possível ver a diferença, mas em jogadores de linha o X-Factor pode não fazer tanto a diferença.

Poucas novidades e muita repetição

Se tem algo que os jogos de esporte sofrem é com a repetição, muitas vezes já foi dito que este tipo de jogo deveria receber apenas atualizações de conteúdo como mudança de jogadores, aprimoramento das qualidades etc, porém as empresas continuam lançando novos títulos todo ano, tentando espremer ao máximo os anteriores.

HUT (Hockey Ultimate Team) mantêm a solidez dos outros jogos e continua divertido.

Infelizmente NHL 22 sofre do mesmo problema, muitos aspectos e recursos são parecidos com os jogos anteriores. Não estou dizendo que isso é ruim, ou que o jogo é ruim, muito pelo contrário, o jogo é muito bom, porém sem muitas novidades.

A EA continua apostando nas experiências narrativas, assim como fez no F1 2021, o modo Be a Pro foi o que recebeu mais novidades neste sentido, porém ainda continua muito atrás dos outros jogos da própria EA, ele tem boas inspirações mas não chega a empolgar.

O modo Franchise (Franquia) manteve os mesmos conteúdos e qualidade do jogo anterior. Se você busca uma experiência realista em duas frentes, Jogador e Empresário, este é o seu modo de jogo. Temos muitas opções de ajustes financeiros para cuidar, como contratos, melhorias das arenas etc, temos também os treinos táticos para melhorar a performance dos jogadores e equipe, sem contar que tudo isso ocorre durante a longa temporada da NHL, vale muito a pena.

O modo Be a Pro agora contar com elementos de narrativa, como FIFA e Madden.

Um dos gargalos nas edições posteriores, os modos de jogo online receberam melhorias e estão muito mais estáveis. Destaque especial para a galinha dos olhos de ouro da EA, o Ultimate Team. Assim como seu antecessor o jogo está mais completo e com partidas mais balanceadas, ainda existe o lag porém é muito mais jogável do que antigamente. Se você curte montar o seu time e disputar partidas e torneios contra os melhores jogadores do mundo este é o seu modo de jogo principal.

O gameplay, apesar da mudança de engine gráfica, continua muito semelhante do jogo anterior, com leves melhorias no controle do puck e stick. A mudança para a engine Frostbite resolveu alguns glitchs que incomodavam bastante como os gols manjados a longa distância, pois agora existe mais pontos de interação dos jogadores dentro do gelo, logo temos também mais oportunidades do puck esbarrar em alguém ou algo parecido.

O controle singular ajuda bastante, apesar de NHL ser um jogo mais tático, a habilidade com o stick é fundamental para furar uma boa defesa. Essas habilidades mesclado com o X-Factor pode fazer a diferença em algumas partidas, mas não é fácil.

Visualmente o jogo está impecável, as arenas externas são sensacionais.

Mas de modo geral não espere por mudanças significativas, afinal de contas é um jogo de lançamento anual, porém mesmo assim continua oferecendo uma ótima experiência.

Afinal de contas, vale a pena?

A resposta é simples, SIM. NHL 22 é um ótimo jogo, principalmente se levarmos em consideração o upgrade gráfico proporcionado pela engine Frostbite. Ficam as ressalvas, que por ser um jogo relativamente parecido com seu antecessor em muitos aspectos pode soar repetitivo, mas ainda assim as novidades são interessantes e os fãs de hockey (assim como este que escreve) vão gostar bastante.

Esta análise só foi possível graças a Electronic Arts Brasil e a Milenium Group que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo já está disponível para Xbox One e Xbox Series X|S e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – NHL 22
Conclusão
NHL 22 ficou graficamente maravilhoso graças ao novo motor gráfico Frostbite. O X-Factor também adicionou novas possibilidades ao gameplay, porém muita coisa foi requentada das edições anteriores. Mesmo assim NHL 22 continua sendo um ótimo jogo para fãs do esporte.
Gráficos
10
Som
9
Jogabilidade
9.5
Diversão
8
Prós
Novo motor gráfico Frostbite
Gameplay mais orgânica graças ao novo motor gráfico
Implementação do X-Factor é interessante
Contras
Muito conteúdo e assets reaproveitados do jogo anterior
Mesmo interessante o X-Factor nem sempre é decisivo
9
MUITO BOM
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