Análise – Tales of Arise

Lançamento
10/09/2021
Desenvolvido por
Bandai Namco
Publicado por
Bandai Namco

Nunca fui um fã da série Tales, nem tão pouco joguei todos os games da série, mas os que eu havia tentando anteriormente, nenhum tinha conseguido me fisgar, mesmo ouvindo muitos elogios de quem tinha jogado. Mas os trailers desse Tales of Arise sempre me chamaram a atenção, pelo gameplay e gráficos, então decidi experimentar e foi uma das melhores decisões que eu já tomei na minha vida de gamer. Uma jornada rica e prazerosa por Dahna e Rehna que traz o nascimento de amizades, rivalidades e até amores. Venha comigo descobrir como foi a experiência de jogar o melhor RPG do ano.

O homem da máscara de ferro

O jogo se passa no mundo de Dahna, que é escravizado pelo seu mundo “gêmeo” Rehna, cujo os habitantes controlam as energias astrais e os 5 mais fortes entre eles são escolhidos para participar do torneio do Soberano, onde vence quem extrair mais energia astral dos habitantes de Dahna, essa energia é retirada a prior, pelo movimento dos Dahnianos, o que leva os Rehnanos a escravizarem todos habitantes de Dahna a 300 anos já.

Esse é o pano de fundo pra história começar, nela você controla o protagonista  Alphen; que se chama inicialmente Máscara de Ferro, ele é chamado assim porque usa uma mascara de ferro (vai dizer) que cobre todo seu rosto, além de que ele não tem memórias e também não pode sentir dor, o que faz dele o escravo perfeito, mas também o personagem ideal para embarcar na revolução que esta começando a criar corpo entre os escravos do reino de Calázia. E é essa revolução que encontra Shione, uma Rehnana com uma maldição, os espinhos, que não permitem que ninguém a toque sem se machucar. Ela traz consigo a espada de fogo, uma arma gerada pelo núcleo que ela traz dentro de si, esses núcleos são o que essa jovem amaldiçoada busca, para tentar quebrar sua maldição e cada um dos 5 lordes que participam do torneio do Soberano tem 1 núcleo. Já deu pra perceber que o Alphen/Máscara de Ferro encaixa perfeitamente aí né? sem sentir dor ele é o único que pode tocar em Shionne e também somente ele pode usar a espada de fogo.

A partir daí os 2 vão sair pelo mundo, buscando os núcleos dos 5 Lordes e libertando o povo escravizado por eles. Nesse caminho eles vão encontrar muitos personagens, desses 4 entram em definitivo para o seu grupo, eles são: Rinwell, Law, Kisara e Dohalim, não vou me ater a apresenta-los para não tirar as surpresas que a trama traz sobre como eles entram para o grupo, mas cada uma tem sua personalidade e poderes específicos que vão ter ajudar durante as mais de 40 horas de jogos que você terá pela frente.

Não tem como dar mais detalhes da história sem entrar nos spoilers, mas a trama é bem construída e amarrada, com plot twists e muitos diálogos, alguns em formato de esquetes, que trazem muita interação entre os personagens.

Combate ágil e com surpresas deliciosas

Nesse ponto o jogo se destaca muito, o gameplay flui de forma dinâmica e intuitiva, tanto na exploração quanto nos combates. A exploração é muito boa e principalmente recompensadora, vale a pena investigar cada canto do mapa, nem que seja pra encontrar um item de cura, mas você terá recompensa pela sua curiosidade. Durante a exploração você consegue visualizar os inimigos e decide se quer enfrenta-los ou não, podendo contornar ou fugir, se você decidir ir pro combate a tela muda e você é transportado pra uma espécie de arena onde o combate acontece.

Nessa arena que o combate acontece, você tem o controle sobre apenas 1 personagem, por padrão o protagonista, podendo alternar para outro char, mas o gameplay mais compensador é do Alphen mesmo. O combate é em forma de action rpg, com você apertando os botões para desferir os golpes, tendo uma barra de pontos de combate para usar e outra de pontos de cura para usar as magias restauradoras. Além disso conforme os personagens vão atacando, eles vão enchendo uma outra barra que libera os ataques em conjunto. Você pode ter 4 personagens no campo de batalha e mais 2 na “reserva” que participam apenas nos golpes em conjunto. Esses golpes roubam a cena no jogo. Eles envolvem combinações entre quaisquer 2 personagens da sua equipe, sempre gerando uma combinação de poderes muito bonita e com grande dano aos oponentes.  O foco no combate esta em combos e as variações deles, quanto mais você conseguir bater em sequencia e variando, mas fácil vai quebrar a defesa dos inimigos e poder usar golpes mais fortes contra eles, isso torna o combate dinâmico e nada enjoativo.

Além disso há uma outra barra que conta fora das batalhas que é a de batalhas em sequência, ela tem 4 níveis, quando você completa os 4 por um tempo todas suas batalhas lhe renderão mais itens e experiência.

Outra parte importante na jogabilidade são as refeições feitas pela equipe, todas elas trazem bônus diferentes, aumento de poder de ataque, de defesa, de experiência ganha, assim por diante. Sempre importante estar com uma refeição ativa para melhorar sua performance nas batalhas

Gráficos e som com cara e alma de anime

Os gráficos são um show a parte, desde a abertura toda feita em anime e que depois da metade do jogo troca, até os cenários e gráficos dos personagens, as expressões faciais são muito marcantes. Os cenários são um vislumbre, com seus vários biomas e variações deles, algo que esta sempre lhe convidando a explorar mais. O jogo peca na variedade dos inimigos, acabamos enfrentando sempre os mesmos, só mudando as cores e poderes, o que torna um pouco cansativo o jogo depois de um tempo.

A trilha sonora é a melhor de 2021 disparado, uma mistura de Final Fantasy 7 com Nier Automata, músicas que marcam o clima do momento e também ficam na memória sempre que você volta pro local. Trilhas orquestradas e cantadas, como a da própria abertura. 

O conjunto de gráficos e sons estão em perfeita sintonia com o gameplay, o que torna a experiência ainda mais agradável. Destaque também para as vozes, muito bem dubladas em inglês e as legendas em português para todos os textos do jogo.

Um JRPG de respeito

Tales of the Arise é um forte candidato ao GOTY, na sua categoria; RPG, não tem como ele não ganhar, no geral tem bastantes concorrentes fortes, mas não seria surpresa se ele fosse o vencedor.

Unindo uma história legal, com gráficos de primeira e uma trilha sonora magistral, esse RPG consegue te prender fácil por 60 horas, olha que isso nem é pra fazer tudo que o jogo traz, porque tem muita sidequest. Muitos campos de treinamento pra você evoluir além das dungeons não obrigatórias.

A Bandai Namco acertou na mão com esse ótimo JRPG, moderno mas sem negar suas raízes, divertido e profundo na medida certa, uma experiência maravilhosa pra quem é fã de série e até pra quem não é como foi comigo.

Esta análise só foi possível graças a Bandai Namco Brasil, que nos forneceu uma cópia para análise. O jogo já está disponível para Xbox One, Xbox Series X|S e PC e pode ser adquirido por meio do nosso link afiliado no final desta análise.

Análise – Tales of Arise
Conclusão
Tales of Arise é um dos melhores JRPG feitos pela Bandai Namco e traz uma experiência fora de série para fãs e não fãs da franquia.
Gráficos
9
Som
10
Jogabilidade
9
Diversão
10
Prós
Jogabilidade viciante
Gráficos de primeira
Trilha sonora magnífica
Contras
Repetição de inimigos, mudando apenas a skin
O gameplay com os outros personagens não se compara ao protagonista
9.5
Viciante
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