Análise – Pumpkin Jack

Release Date
23/10/2020
Desenvolvido por
Nicolas Meyssonnier
Publicado por
Headup Games

Pumpkin Jack é um jogo de plataforma 3D, medonho e horripilante. Nele controlamos Jack, o antagonista da história, que tem como missão principal derrotar o campeão dos seres humanos. Será que Jack conseguirá alcançar o seu objetivo nefasto e ao mesmo tempo tornar o seu jogo memorável? É o que veremos nessa tenebrosa análise.

Quem é Jack?

O mundo estava em paz, tão em paz, que passou a ser chamado pelo diabo de o Reino do Tédio. Todas as coisas viviam em uma coexistência pacífica, de humanos a coelhinhos. Não havia mais fome, medo, desgraças, tudo estava indo tão bem que … o mundo passou a ficar chato. MUITO chato.

O diabo estava farto dessa chatice. Por conta disso, ele bolou um plano. Não era um qualquer, era algo GRANDE e poderoso. Ele liberou a Maldição da Noite Eterna. Um feitiço poderoso que despertou monstros sedentos de sangue pelo reino todo.

Infelizmente os humanos não ficaram parados. Eles chamaram um poderoso mago, o único no reino, com poder suficiente para acabar com a maldição. O diabo, irritado como estava, resolveu invocar Jack, colocando a sua alma dentro de uma abóbora.

Jack foi enviado para o reino com apenas uma missão: encontrar e destruir o mago.

Inspirado nos clássicos do passado, mas com os pés na atualidade

O jogo bebe da fonte mágica do passado, trazendo para o agora um título com características de um game de outra geração, mas com uma pegada mais moderna. Seria isso um feitiço? Com certeza não. Na verdade isso é o resultado da competência do desenvolvedor e da editora, que juntos conseguiram lançar esse terrível e delicioso game.

Mas que raios de sensação é essa que me fez terminá-lo em um dia? Poderia ser algum tipo de magia macabra do Jack? Quem Sabe. A única coisa que posso dizer que assim que iniciei o game, não consegui parar de jogá-lo. Em um dia finalizei o jogo com um total de 106 crânios de corvos, sendo que o total é 120. Fora os gramofones, que ao todo são 6 e durante a minha jornada eu consegui encontrar 4. Claro que revisitarei o mundo do cabeça de abóbora para terminar de coletar o que falta, porque só assim conseguirei destravar todas as danças e roupas do Jack.

Fique esperto para não cair.

O que mais chamou a minha atenção durante o gameplay foi o level design. Criativo e simples, ele se assemelha aos bons e velhos jogos de plataforma. Onde você, caro jogador, tem que ir de um lado para o outro resolvendo puzzles, lutando contra inimigos ou procurando itens para avançar. Esqueça os contadores de combos e abrace a simplicidade nesse jogo. Um botão para o ataque, outro para o pulo e um para a esquiva. Além desses, temos outro para a troca de armas e um último botão para o ataque a distância (uso do corvo).

Os combates são simples e muito divertidos. Não entrei no modo zumbi, onde você pressiona o botão sem parar, pelo contrário, fiquei atento a cada encontro com os monstros. Infelizmente a variedade de inimigos é limitada, mas isso não torna o jogo ruim, na verdade é o desejo de alguém que curtiu o design dos personagens e que gostaria de um pouco mais.

Pulos ou Travessuras?

Nem tudo são abóboras, ops, flores. Seria impossível eu não dizer sobre algo que realmente me incomodou no jogo. Os gráficos? Com certeza não. A duração do gameplay? Muito menos. O que me incomodou de fato foi o PULO.

Ao pressionarmos uma vez o botão A, Jack dará um salto, se pressionarmos novamente no ar, ele dará outro. Graças a isso, teremos acesso a plataformas/pontos que não são acessíveis com o pulo normal. Fora isso, temos a possibilidade de nos agarrar a ponta da plataforma. Deu os dois pulos, mas ficou próximo a plataforma, não se preocupe, Jack se agarra a ela e você não morrerá.

Infelizmente não foi sempre assim. Algumas vezes, muitas na verdade, o personagem simplesmente ignorava a ponta da plataforma, provocando a sua morte. Quantas vezes me vi subindo em determinados lugares e de repente de uma forma totalmente aleatória ele deixava de agarrar na ponta da plataforma e eu caia para a morte.

Fora isso, também teve as vezes que meu personagem morreu, porque eu simplesmente não conseguia controlar ele no ar. A impressão que tive, em alguns momentos, que os comandos (no ar) deixavam os controles sensíveis de uma maneira, que me atrapalhavam durante a jogatina.

Reforço que mesmo tendo enfrentado esses problemas, o jogo continua sendo incrível para mim. Depois de um tempo me acostumei com isso e segui em frente. Porque o reino chato precisava de uma lição.

Dançando com os chefes

A batalha contra os chefes é o ponto alto do jogo. Cada um com suas características únicas, que os diferenciam entre si. A cada boss derrotado, ganhamos uma nova arma, que poderá ser trocada ao pressionarmos o botão RB.

Se você ficar parado, já era.

Para mim, a batalha contra o último boss é a melhor. Nela, a sensação que tenho, que a criatividade chegou no nível mais alto. O meu filho, que também curte games, estava ao meu lado na hora da batalha final. Durante o combate ele me fez a seguinte pergunta:

Papai, como essa parte da luta é criativa né?

Eu respondi que sim, porque era justamente isso que eu estava pensando naquele momento. Outro ponto que eu preciso dizer, que em praticamente todos os chefes você terá que se mover bastante. Pulando, se esquivando, atacando e andando de um lado para o outro. Algo que considero bastante positivo, para um jogo do gênero plataforma.

Correndo, voando e quebrando a cabeça ou talvez a abóbora?

O jogo possui uma variedade interessante de puzzles. Eles não são complexos, mas também não são tão simples assim. Você vai levar um tempinho para resolver alguns, no meu caso, demorei mais nos puzzles relacionados às lápides. Quem jogou sabe do que eu estou falando. Quem for jogar, vai lembrar do que eu escrevi aqui. rs

Sai da frente!!!

Outra coisa interessante no jogo são as corridas. Algumas são parecidas com as do Mario Kart, onde teremos que lidar com humanos. Outras são apenas mecanismos usados pelo game para dar continuidade a história, como o uso do cavalo voador ou do carrinho sob os trilhos.

Essa variedade de “corridas” deixou o jogo mais divertido e trouxe também, em alguns momentos, um certo alívio cômico. Posso afirmar com todas as letras, esses momentos não foram feitos para inflar o jogo, eles se encaixam muito bem a proposta do game/história.

No final das contas: o jogo é doce ou travessura?

Com certeza doce. Ele só não alcançou uma pontuação maior, por conta dos pequenos problemas que tive com o controle do pulo. Durante a minha gameplay não me deparei com nenhum bug ou com quedas de frames. O jogo rodou liso e tranquilo no meu Xbox One S.

Pumpkin Jack é um jogo recomendado para crianças com 10 anos ou idade superior. Se o seu filho se enquadra nessa faixa, convide-o para jogar com você. Tenho certeza que não se arrependerão de experimentar essa terrível e divertida aventura.

Esta análise só foi possível graças a Headup Games que gentilmente nos disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento e confiança.

Análise – Pumpkin Jack
Conclusão
Eu não consegui parar de jogá-lo. As mecânicas simples e o level design do jogo me prenderam de uma maneira, que parecia ser uma magia do Jack. Um jogo de plataforma 3D muito bom, que deve ser jogado por todos os tipos de jogadores.
Gráficos
8.5
Som
7.5
Jogabilidade
8
Diversão
8
Prós
Direção de arte
Batalha contra os chefes, em especial o último.
Os puzzles e as corridas são acréscimos muito bem-vindos.
Impossível parar de jogar ele.
Contras
O personagem as vezes não se agarra as pontas das plataformas.
As vezes o pulo do personagem fica meio desengonçado, dando a sensação dos controles estarem sensíveis demais.
Poucas músicas.
8
Viciante
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