Seria lançado originalmente em 2012, Kingdoms of Amalur: Reckoning pode ter passado em branco para muitos jogadores, mas para quem teve o prazer de joga-lo na época, a experiência foi mais do que satisfatória.
Será que seu remaster de 2020 cumpre o esperado e traz melhorias?
Veja agora, nossa análise de Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning.
A quebra de um ciclo!
Em Amalur, tudo é fortemente influenciado pelos deuses e o destino de todos por lá é pré-determinado, fazendo com que todo o povo, desde o nascimento, já tenha sua vida escrita, sem chances para mudar os rumos. Nos instantes iniciais do game, nosso personagem morre em batalha e inesperadamente, volta a vida após passar por uma máquina misteriosa. Dessa forma, ele quebra o ciclo natural das coisas, agora, você pode escrever seu próprio destino!
Nossos inimigos no jogo, serão os Tuatha Deohn, perigosos guerreiros sanguinários que atacam e atormentam o povo em Amalur. Durante nossa jornada, em meio a muitas missões secundarias pra fazer e vários NPC’s precisando de ajuda; iremos evoluindo, como num bom RPG, para conseguir bater de frente com nossos oponentes da história principal.
Logo no início, seremos levados a uma tela de customização do nosso personagem, que pode ser do sexo masculino ou feminino. Também passaremos por uma simples escolha de rosto e detalhes como cabelo, tatuagem e cor do protagonista e por fim escolheremos uma classe. Mas se tratando de classes, Kingdoms nos da a chance tanto de seguir uma linha, como um guerreiro que será cada vez mais forte, mas também podemos mesclar tudo, criando por exemplo um mago que além das magias, parte pra batalha com força bruta. Alguns se agradam com isso, outros nem tanto, mas o fato é que o jogo te proporciona essa liberdade.
Combates gratificantes!
Aqui, mora o ponto forte do jogo, o que mais agradou este que vos escreve, os combates!
Uma mescla entre RPG e hack and slash, Amalur é muito prazeroso nos combates, tudo é rápido, fluido, divertido e proporciona belas combinações de ataques, seja com suas armas ou com seus poderes, os conflitos são muito legais e interessantes. Eu seria capaz de passar horas encontrando inimigos e batalhando em Amalur e com certeza você se lembrará de Dragon Age ou God of War se já tiver jogado esses games, as semelhanças são claras e isso jamais deve ser levado como um ponto negativo, afinal, funciona muito bem!
Gráficos não apresentam tanta evolução…
O visual de Amalur é sim muito bonito e de certa forma cartunesco. Mas não estamos mais em 2012, estamos falando de uma versão remasterizada e nesse ponto os desenvolvedores pecaram. Em certos aspectos o gráfico continua idêntico ao original, com a exceção de alguns polimentos e nada mais, talvez um pouco mais de atenção nesse ponto deixaria o game com cara de remaster, mas não foi isso que tivemos.
O que era bom em 2012, continua sendo em 2020!
Além dos combates já citados, não podemos deixar de enaltecer a trilha sonora de Reckoning, que nos imerge ainda mais naquele mundo medieval e fantasioso. Apesar do grande defeito desse remaster não ter trazido sequer legendas em português, tudo é muito simples de entender e os pontos de interesse ficam bem evidentes no mapa, mesmo sem entender inglês, você não terá tantos problemas para se situar no game.
O jogo também honra o gênero RPG e trás os sistemas clássicos que estamos acostumados, armaduras e armas que se desgastam com o tempo, loot, pontos de habilidade, itens dos mais variados tipos e um personagem totalmente customizável. Como dito acima, uma mescla entre guerreiro, ladrão e mago pode ser feita na sua árvore de habilidades, ou se preferir, siga apenas a linha tradicional do seu personagem.
O mapa de Amalur é bem extenso e cheio de lugares curiosos para visitar, lembrando que o jogo possui um sistema de viagem rápida para lugares que você já visitou, então não se preocupe caso precise ir para um lugar muito distante de seu ponto atual. Contando com centenas de horas de conteúdo, o game te proporcionará um bom tempo de jogatina.
Afinal, vale a pena?
Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning agradará os jogadores da mesma forma que agradou em 2012, trazendo bons combates, sistemas clássicos de RPG e uma boa ambientação, mas repare, não fiz menção alguma a melhorias aplicadas no remaster, porque elas simplesmente são nulas. Para quem jogou na geração passada e espera ver inovações e correções, é melhor repensar, pois o jogo não apresenta nada significante em relação a versão original. Os pontos que funcionaram e atraíram fãs em 2012 continuam aqui e os pontos que precisavam de melhorias… continuam precisando. A jornada vale sim a pena, Amalur é um bom jogo que volta aos holofotes numa fraca versão remasterizada. Se por acaso ouvir alguém comentado que a única mudança dessa versão é ter o “Re” antes do “Reckoning” não leve a mal, essa pessoa não está errada!
Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning foi lançado em 08/09/2020 e está disponível para Xbox One, Playstation 4 e PC.
Esta análise só foi possível graças a THQ Nordiq e a Kaiko Games, que gentilmente nos disponibilizam uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento e confiança!